WhatsApp pode liberar função de pagamentos para lojistas em abril

Site aponta que serviço P2M do aplicativo já está autorizado pelo Banco Central e que conta com adquirentes

O serviço de pagamento para compras com cartão (P2M) do WhatsApp Pay deve estrear em abril deste ano, segundo matéria do site Mobile Time. Fontes do portal afirmaram até que prestadores de serviços de adquirentes estão credenciados, como a Mastercard e a Visa, além das maquininhas de cartão da Cielo, Getnet, Fiserv, Mercado Pago e Rede. 

Outro ponto importante foi a aprovação do Banco Central para este novo serviço, que é o pagamento entre consumidores e lojistas (P2M), em 2 de março. Antes do serviço entrar em operação, é necessária uma espera de 30 dias após a aprovação do Banco Central, período que serve para o mercado financeiro se preparar para a novidade. 

Passados esses 30 dias, que serão completados no dia 1 de abril, o WhatsApp pode lançar o serviço quando quiser. A dificuldade maior será a atualização do aplicativo para os usuários e também o trabalho de adesão dos usuários ao serviço. O WhatsApp Pay entre pessoas, por exemplo, não pegou com apenas 8% dos usuários utilizando a funcionalidade, segundo a última pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre o setor de mensageria. 

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As empresas de adquirência, no entanto, já estão preparadas para o serviço. A Mastercard e a Fiserv foram ouvidas pela reportagem e confirmaram que estavam se preparando para o serviço a ponto de deixá-lo pronto para o dia primeiro de abril – aparentemente, não era mentira. No entanto, nem a Meta, dona do WhatsApp, deixou claro qual a data oficial para lançar o serviço. 

Como vai ser o serviço 

A expectativa é o serviço de pagamentos entre consumidores e lojistas comece com pequenas e médias empresas, uma forma do WhatsApp beneficiar quem usa a versão Business de seu app. No futuro, companhias maiores, de varejo e de energia, por exemplo, vão poder usar o serviço através de uma API que estaria sendo desenvolvida pelo WhatsApp. 

A Mastercard diz que deverá haver um número máximo de comerciantes que poderão aderir ao sistema de pagamentos, além de regiões específicas. A impressão é que a Meta quer fazer um primeiro teste da solução antes de liberar para todos, embora a empresa não tenha revelado qual o número limite de participantes e nem as regiões em que a solução será lançada. 

A Fiserv, por exemplo, definiu um limite de gastos diários dos usuários e recebimento pelos lojistas no WhatsApp Pay. Segundo a empresa, os consumidores vão ter um limite para cada transação e os comerciantes também terão um valor máximo para receber por dia. Isso pode variar de acordo com cada máquina de pagamento, segundo a empresa. 

Como funciona o WhatsApp Pay hoje 

O WhatsApp Pay se trata de um recurso de pagamento, em que os usuários podem selecionar os valores que devem ser recebidos ou transferidos a outra pessoa. 

Para realizar a transação, é importante salientar que ambos usuários do mensageiro devem cadastrar informações das instituições financeiras que realizarão ou receberão o pagamento. Isso porque o aplicativo de mensagens será apenas o intermediador da transação financeira. 

Dessa forma, poderão ser cadastrados na plataforma tanto cartões pré-pago como cartões apenas de débito, das bandeiras Visa ou Mastercard. No entanto, o usuário deve se atentar se o banco em questão permite a utilização do cartão na plataforma do WhatsApp. Instituições financeiras como Nubank, Inter, Next, Bradesco e Neon já permitem essa integração. 

Como forma de segurança, a fim de evitar fraudes, o mensageiro estipula um limite de pagamento diário para cada usuários. 

De acordo com o WhatsApp, o limite diário de transferência entre os contatos é de R$ 1.000 e o limite mensal foi estipulado, até o momento, em R$ 5.000. Todavia, a depender da instituição financeira cadastrada na plataforma, esse limite pode ser ainda mais baixo. Portanto, o usuário deve conferir essa questão antes de inserir sua conta bancária no mensageiro. 

A principal concorrência do serviço hoje é o Pix, já que os dois têm a mesma premissa de realizar pagamentos instântaneos pelo smartphone. A vantagem do Pix é que ele surgiu primeiro e sua adesão foi bem massiva, diminuindo o mercado para o WhatsApp.

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