Surgimento do Capitalismo: um resumo
O capitalismo é o sistema econômico que se baseia na propriedade privada e que está em vigor nos dias atuais.
O assunto pode ser cobrado na prova do ENEM e nos vestibulares, principalmente em questões de história e de geografia.
Surgimento do Capitalismo: Introdução
O capitalismo surgiu em sua forma primitiva no século XV, em meio às mudanças sociais, políticas e econômicas. Vale ressaltar que o surgimento desse sistema econômico está diretamente ligado ao crescimento da burguesia medieval.
Surgimento do Capitalismo: Contexto Histórico
O Renascimento Comercial, que ocorreu nos primeiros séculos da chamada Baixa Idade Média, é considerado a base para o capitalismo. Isso porque, nesse período, aconteceu uma ampla transformação que fez com que o caráter de autossuficiência das propriedades feudais entrasse em declínio. Assim, a partir disso, as terras começaram a ser arrendadas e a mão-de-obra dos trabalhadores, que antes eram servos, se tornou remunerada.
Ainda nesse contexto, a burguesia medieval fez com que a economia europeia adquirisse uma nova configuração. Essa, por sua vez, seria baseada na busca pelo lucro, que, na Alta Idade Média, era condenada pela Igreja, e na circulação de bens, que eram comercializados em diferentes regiões do continente. Essas mudanças fizeram com que a economia começasse a se basear em quantias que determinavam, numericamente, o valor de cada mercadoria.
Dessa maneira, os comerciantes passaram a não vender os seus produtos somente pelo valor de custo, mas sim a aumentar os preços visando o próprio lucro. A partir desse processo de monetarização, o trabalho dos indivíduos passou a objetivar a obtenção de lucros e o acúmulo de capitais e não somente a sobrevivência, como durante o feudalismo.
Surgimento do Capitalismo: O capitalismo e a monarquia
O Renascimento Urbano, iniciado no século XI, provou o surgimento também de uma nova classe social: a burguesia. Porém, nos primeiros séculos de seu surgimento, os burgueses se relacionavam de forma harmônica com os membros da monarquia. No século XV, por exemplo, a burguesia entrou em acordo com os nobres para que ambos os grupos pudessem se beneficiar da exploração de novos territórios, principalmente durante as Grandes Navegações. Assim, os burgueses recebiam incentivos para consolidar as suas atividades comerciais, enquanto pagavam impostos para a monarquia, contribuindo para a sua perpetuação.
Porém, a partir do século XVII, esse cenário sofre uma brusca modificação: manutenção dos privilégios da nobreza passa a se comportar como um grande empecilho para o desenvolvimento da burguesia e de seus lucros e o pagamento de altíssimos impostos deixa de ser interessante para o grupo. Dessa forma, é nesse contexto que os burgueses irão reivindicar uma maior participação na política e uma intervenção direta nas diretrizes econômicas. Podemos citar como exemplo dessa situação a Revolução Inglesa, também chamada de Revolução Puritana, que foi um movimento liberal e que beneficiou diretamente a burguesia, concedendo liberdades para que o grupo pudesse articular os setores da economia britânica visando expandir as próprias atividades comerciais. É justamente devido à essa consolidação do capitalismo na Inglaterra que, poucos anos depois, o país será palco da Primeira Revolução Industrial.
No século XVIII, as relações entre a burguesia e a monarquia se tornarão ainda mais ríspidas, especialmente na França. Não é por acaso que esse país será o palco do Iluminismo, corrente filosófica que defendia, entre tantas outras coisas, uma maior autonomia das instituições políticas, o fim do absolutismo e a liberdade econômica. A Revolução Francesa, que aconteceu no ano de 1789, é liderada pela burguesia, que fazia parte do Terceiro Estado.
Surgimento do Capitalismo: Os desdobramentos do capitalismo
No século XIX, o capitalismo se consolida como sistema que promove grande riqueza para poucos e com base na exploração da mão-de-obra e na formação de monopólios comerciais. É justamente por esse motivo que, durante o referido século, surgem as doutrinas socialistas como forma de oposição ao modelo de desenvolvimento social, econômico e político realizado pelo sistema capitalista.