Retrocesso tecnológico: estudo aponta que 86% das instituições privadas pretendem suspender aulas online
O desenvolvimento tecnológico que o segmento de educação teve durante a pandemia pode estar ameaçado.
Em levantamento inédito da Layers Education, edtech que otimiza a gestão escolar por meio da unificação de aplicativos, cerca de 86% das instituições privadas declararam que irão suspender as aulas on-line em 2022.
A pesquisa foi respondida por mais de 400 mantenedores e diretores entre novembro e dezembro do ano passado.
Na opinião do CEO da startup, Danilo Yoneshige, a educação avançou 10 anos em menos de dois.
Em função da corrida para conseguir atender pais, responsáveis e alunos, promover as aulas e avaliações à distância, a transformação digital foi acelerada.
Isso pode ser comprovado pelos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): houve um aumento de 4.920 escolas com acesso à internet entre 2019 e 2020.
“Suspender aulas remotas pode significar um retrocesso. Precisamos considerar que pais, responsáveis e alunos estão cercados por ferramentas digitais atualmente, e esta é a nova ordem. Não faz sentido retornar para um modelo completamente analógico”, avalia o especialista.
O executivo ainda esclarece que a tecnologia chegou para mudar o atual sistema de ensino, que ainda é muito arcaico. A metodologia utilizada no ambiente presencial, por exemplo, foi construída na revolução industrial, em meados do século XIX: carteiras enfileiradas, alunos padronizados e professores no centro do processo, como figuras autoritárias e detentoras do processo.
“A saída, neste caso, é o ensino híbrido. Assim, os educadores podem utilizar ferramentas que incentivem a criatividade dos estudantes, como o uso de vídeos e jogos interativos. Desta forma, eles são instigados a construir um ambiente disruptivo. O processo de aprendizagem não é o mesmo para todos e é saindo do lugar comum que será possível promover a integração efetiva de diversos perfis de alunos”, declara o executivo.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Layers Education.
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