Rendimento dos trabalhadores com carteira assinada CRESCE no país

Rendimento dos trabalhadores cresceu 7,4% em um ano; Brasil tinha 38,1 milhões de informais no primeiro trimestre deste ano

A renda do trabalhador brasileiro continua crescendo, para felicidade geral. No primeiro trimestre de 2023, o rendimento real habitual chegou a R$ 2.880. Isso representa um crescimento de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em números reais, o trabalhador passou a receber R$ 198 a mais no país, pois o rendimento médio era de R$ 2.682 um ano atrás.

Vale destacar que esses dados se referem aos três primeiros meses do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso mostra que os trabalhadores de carteira assinada do Brasil se beneficiaram com o aumento da remuneração no início do governo do petista.

Embora o aumento na renda possa parecer algo normal, até porque o salário mínimo também teve alta, a pandemia da covid-19 impactou fortemente o mercado de trabalho do país, reduzindo o rendimento dos profissionais.

Esses dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nessa semana.

Por sua vez, a massa de rendimento real habitual também cresceu no país em um ano. Segundo o IBGE, houve estabilidade na base trimestral, mas, na comparação anual, o indicador cresceu 10,8%. Com isso, a massa de rendimento chegou a R$ 277,2 bilhões no primeiro trimestre de 2023.

Taxa de informalidade chega a 39% no trimestre

O levantamento do IBGE também mostrou que a taxa de informalidade no Brasil atingiu 39% da população ocupada no período. Esse percentual corresponde a 38,1 milhões de trabalhadores do país, enquanto a população ocupada somou 97,8 milhões de pessoas no período.

O IBGE ainda revelou que o desemprego no Brasil cresceu no primeiro trimestre, atingindo 9,4 milhões de pessoas. Em resumo, os brasileiros ainda enfrentam muitas dificuldades para entrar no mercado de trabalho.

Além disso, a PNAD Contínua mostrou que a taxa da população na força de trabalho ficou estimada em 107,3 milhões no trimestre. Isso quer dizer que houve uma redução de 685 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, mas o dado ficou estável em relação a um ano atrás.

Já a população fora da força de trabalho somou 67 milhões no período, o que representa um crescimento de 1,6% na comparação trimestral (mais 1,1 milhão) e de 2,3% na base anual (acréscimo de 1,5 milhão).

População subocupada recua no país

A saber, o levantamento do IBGE é bastante amplo e traz dados de diversos pontos do mercado de trabalho brasileiro. Um deles se refere à população subocupada do país, que totalizou 5 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano.

Esse número representa uma queda de 7,7% na comparação trimestral (menos 385 mil pessoas) e de 23% na anual (menos 1,1 milhão).

Em síntese, esses dados evidenciam a recuperação do mercado de trabalho brasileiro em 2022, visto que os últimos anos foram muito difíceis para os trabalhadores do país devido à pandemia da covid-19, que provocou a perda de milhões de postos de trabalho.

Inclusive, o governo Lula não está conseguindo apresentar bons números em relação à criação de empregos formais nos primeiros meses de mandato. Em 2023, os resultados apresentados foram bem fracos e decepcionaram os brasileiros.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o Brasil criou 195,2 mil postos de trabalho formal em março de 2023, terceiro mês do governo do presidente Lula.

O resultado ficou 97,6% maior que o registrado em março de 2022 (98,8 mil). Em outras palavras, o país conseguiu apresentar dados bastante robustos, após iniciar o ano com resultados bem mais fracos que os registrados nos mesmos períodos de 2022.

Subocupação limita crescimento da economia

Em suma, a população subocupada é composta por pessoas subutilizadas em seu trabalho, ou seja, que poderiam trabalhar mais do que realmente o fazem.

Segundo dados do IBGE, a taxa da população subocupada já estava bastante elevada no Brasil antes da pandemia. Com a chegada da crise sanitária, diversos profissionais sofreram com cortes de salário e redução da jornada de trabalho, o que agravou o quadro da subocupação no país.

Em resumo, a subocupação prejudica a recuperação do consumo, principal motor econômico do Brasil. Especialistas explicam que a pessoa subocupada trabalha menos do que gostaria e tende a receber uma remuneração igualmente menor.

Assim, sua renda diminui e ela tem mais dificuldades para manter o mesmo padrão de consumo de antes. Significa dizer que o brasileiro passa a gastar menos, já que o seu poder de compra está reduzido, e isso desaquece a economia.

Aliás, os investimentos nas atividades econômicas acontecem de maneira mais forte quando a economia está aquecida. Por isso, reduzir a subocupação no país é um grande passo para ter um crescimento mais firme da economia brasileira.

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