Redução do Acervo Processual do STF Mediante Projeto Projeto Estratégico - Notícias Concursos

Redução do Acervo Processual do STF Mediante Projeto Projeto Estratégico

O projeto estratégico denominado “Juízo de Admissibilidade # 100% AREs”, implantado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, no início de sua gestão, resultou, ao lado de outras medidas, na redução de 27% do acervo total da Corte em relação a 2018, o menor em 24 anos.

 

O Projeto

Inicialmente, a força-tarefa da Secretaria-Geral da Presidência, juntamente com a Secretaria Judiciária (SEJ), teve a iniciativa do projeto.

Com efeito, trata-se de projeto cujo objetivo é a diminuição do volume de processos distribuídos aos gabinetes dos ministros.

Outrossim, a intenção é evitar recursos manifestamente inadmissíveis, conforme previsão do Regimento Interno do STF.

Diante disso, os magistrados podem concentrar esforços na apreciação de casos complexos e de maior relevância, preservando a vocação constitucional da Corte.

Além disso, de acordo com levantamento apresentado nesta segunda-feira (17/08/2020) pela secretária-geral da Presidência, Daiane Lira, em setembro de 2018, os recursos correspondiam a 62% de todos os processos recebidos no STF.

Contudo, ao serem analisados, 99,47% tiveram seguimento negado.

Diminuição do Volume de Processos

Ademais, o trâmite do projeto estratégico foi objeto de alteração regimental em julho deste ano.

Atualmente, 99,13% dos agravos já estão registrados na Presidência.

Por sua vez, o restante, correspondente a 0,87%, se enquadra nas exceções previstas no Regimento Interno e, ato contínuo, vão para distribuição dos gabinetes.

Além disso, diante dos bons resultados com os AREs, o modelo passou a abarcar também os recursos extraordinários.

Neste mês de agosto, somadas as duas classes recursais, 76,55% passaram pela Presidência, enquanto 23,45% foram distribuídas aos demais ministros.

Neste sentido, de acordo com a secretária-geral, há uma “inversão histórica de recebimento de recursos ano a ano”.

Interlocução e Análise Recursal

Não obstante as adequações internas, o STF aperfeiçoou o diálogo com tribunais de todo o País para reduzir a entrada de processos que deveriam ter findado na origem.

Ademais, as visitas institucionais do ministro Dias Toffoli e sua equipe, iniciadas antes da pandemia, tiveram continuidade por meio de videoconferências.

Do mesmo modo, os treinamentos das equipes, com capacitação baseada nas premissas estabelecidas pelo STF.

Além disso, a agilidade da apreciação dos processos se deve à implementação de mecanismos tecnológicos.

Com efeito, o trabalho é guiado por questionários inseridos na plataforma STF Digital, que culminam no retorno à origem ou na distribuição aos gabinetes.

Por fim, no âmbito da Secretaria Judiciária, a criação da Coordenadoria de Análise Recursal, em março deste ano, solidificou o projeto.

Neste caso, três processos de trabalho analisam os recursos em busca de óbices que impliquem o retorno à origem.

Ato contínuo, seguem para os núcleos da Presidência (Nare e Nurg).

Outrossim, para se ter uma ideia do volume do acervo, no mês passado, apenas um dos três processos de trabalho, o de Análise de pressupostos objetivos (APROB), analisou 4.156 recursos.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?