PRORROGAÇÃO do auxílio emergencial até 2022 em mais parcelas

De acordo com relator da MP do novo Bolsa Família, prorrogação do Auxílio não faria nenhum sentido neste momento

O relator da Medida Provisória (MP) do Novo Bolsa Família, o Deputado Federal Marcelo Aro (PP-MG) deu uma entrevista polêmica nesta semana. Em conversa com o jornal Correio Braziliense, ele disse que não vê nenhum sentido na prorrogação do Auxílio Emergencial por mais alguns meses.

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“Não vejo sentido porque o governo, em novembro, já pode pagar o Auxílio Brasil, porque se trata de uma medida provisória, e a medida provisória tem força de lei. Para este ano tem saldo”, disse ele se referindo ao programa que deve substituir o Bolsa Família daqui a algumas semanas.

“Dá para pagar o Auxílio Brasil em novembro e dezembro sem problema. Para o ano que vem, nós temos essa questão da PEC dos Precatórios e do imposto de renda”, completou o Deputado na entrevista em questão. Rapidamente a declaração acabou gerando uma certa repercussão nas redes sociais.

É que ao dizer isso, o Deputado não está levando em consideração que o Auxílio Brasil não tem vaga para todo mundo. Isso quer dizer, portanto, que mesmo que o substituto do Bolsa Família entre realmente em cena a partir de novembro, ele não vai conseguir abarcar todo mundo. Pelo menos é isso o que se entende neste momento.

Em entrevista recente, aliás, o próprio Ministro da Cidadania, João Roma, confirmou isso. De acordo com ele, caso o Governo não prorrogue o Auxílio Emergencial, algo em torno de 25 milhões de brasileiros que hoje recebem algum tipo de ajuda do poder executivo ficarão sem nada daqui a algumas semanas. Ele prometeu que o Planalto faria algo para ajudar essas pessoas.

Empregos x Auxílio

Nesta mesma entrevista, o Deputado também deu outra declaração polêmica. Ele disse que a atual versão do programa impede que as pessoas busquem empregos. De acordo com ele, muita gente deixa de trabalhar por medo de perder o benefício.

“Hoje, o cidadão que recebe o Bolsa Família, muitas vezes, não quer assinar uma carteira. Não pode assinar a carteira porque, se assinar, perde o benefício”, disse ele. O Parlamentar, no entanto, disse que isso não seria uma questão de “preguiça”.

“O problema é que, depois de dois meses, se esse cidadão for demitido, na hora que você manda ele embora, já não recebe mais o Bolsa Família, volta para o final da fila e pode passar ali muito tempo sem voltar para o programa social”, disse ele.

Repercussão

Seja como for, a declaração do Deputado acabou gerando uma certa repercussão nas redes sociais. Algumas pessoas chegaram a dizer que ele estaria sendo preconceituoso com os cidadãos que recebem o programa.

“Ara está dizendo que as pessoas não querem registrar carteira por causa do benefício. Numa casa chique falando como pobres agem. Preconceito e desinformação. Triste. Vão acabar com o Bolsa Família”, disse a Presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Até a publicação desta matéria, aliás, o Deputado Aro não respondeu essa crítica da parlamentar petista. De qualquer forma, ele disse que está em contato com líderes de todos os partidos para discutir o texto do projeto em questão.

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