Preço do seguro de automóvel alcança MAIOR valor em mais de 2 anos
Valor do seguro acumula forte alta de 14,8% nos últimos 12 meses, pesando no bolso dos motoristas do país
O preço do seguro de automóvel subiu de maneira significativa em abril. Pelo menos é isso o que indicam os dados do Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA), levantamento realizado pela TEx, empresa especializada em soluções online para o mercado de seguros.
De acordo com o levantamento, o preço do seguro de carro chegou a 7,0% em abril. Em resumo, esse é o maior patamar mensal desde dezembro de 2020, ou seja, dos últimos 28 meses. No mês anterior, o percentual havia ficado em 6,1%.
Com o acréscimo desse resultado, o valor acumulado nos últimos 12 meses chegou a 14,8%. Isso quer dizer que os motoristas do país pagaram bem mais caro pelo seguro de automóvel.
A saber, o levantamento da TEx informa a variação mensal dos valores do seguro automotivo de acordo com gênero. Outras variáveis também são consideradas para definir o valor de um seguro de automóvel, como faixa etária, região onde a pessoa reside e até idade do veículo.
Segundo o presidente da TEx, Emir Zanatto, o que elevou o preço do seguro de automóveis em abril foi o aumento de casos de roubo e furto de veículos. Essas ações de criminosos aconteceram em regiões de grande importância para o mercado segurador, como São Paulo.
“Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, tivemos 12,7% de crescimento em ocorrências de roubo e furto em São Paulo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública“, disse Zanatto.
Aliás, o aumento no valor do seguro, registrado pelo IPSA, ocorreu em quase todas as regiões do Brasil analisadas pela TEx. Em outras palavras, as altas foram disseminadas e expressivas, “principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, líderes em volume do índice“, disse o presidente da empresa.
Homens solteiros pagam mais caro pelo seguro
De acordo com o levantamento da TEx, o valor final do seguro automotivo teve um crescimento de 8,2% em abril para o gênero masculino. Por outro lado, para o gênero feminino, o percentual de alta continuou em 5,8%, mantendo-se estável em relação a março.
“Os números mostram que a distância entre os gêneros aumentou ainda mais, com os homens pagando 36,2% a mais que as mulheres“, destacou Zanatto.
Para quem não sabe, os preços dos seguros de automóveis também variam de acordo com o estado civil da pessoa. Em abril, os homens solteiros pagaram, em média, 11,7% no seguro de automóvel, enquanto os casados pagaram 6,3%, em média. Em outras palavras, o valor do seguro para homens solteiros foi 86% mais caro do que para homens casados.
Entre as mulheres, isso também aconteceu, com as solteiras pagando mais caro pelo seguro de automóvel. No entanto, a distância entre essas duas categorias foi bem menor do que a dos homens, de 29,1%.
Já em relação à faixa etária, os mais jovens pagam preços mais elevados de seguro de automóvel. Entretanto, em abril, o índice geral afetou de maneira similar todas as faixas etárias. “O destaque fica para a faixa entre 46 e 55 anos, que cresceu 7,9% no último mês“, disse Emir Zanatto.
Veja detalhes dos preços nas regiões pesquisadas
A região onde o motorista reside também pesa para a definição do valor do seguro. Em síntese, as cidades com uma população de 10 a 20 mil habitantes possuem o serviço mais barato, enquanto cidades que tenham entre 100 e 500 mil habitantes têm o seguro mais caro.
Isso acontece porque, em cidades com mais habitantes, as chances de algum acidente são maiores. Além disso, as taxas de roubo e furto também são bem mais expressivas nestas localidades.
“Ao analisar por região, podemos observar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e de São Paulo pagaram 7,9% [do valor do seguro do carro], quase o dobro da Região Metropolitana de Belém, que paga, em média, 4,3%“, explicou Zanatto.
Aliás, o valor pode ser bem diferente em uma mesma cidade. Por exemplo, os dados do IPSA revelaram que o seguro na Zona Leste de São Paulo foi 70% superior à região central. Já no Rio de Janeiro, a Zona Norte pagou o dobro da Zona Sul.
Cabe salientar que a idade do veículo também conta para o valor do serviço. Em suma, quanto mais usado o veículo, mais caro o seguro. O preço na tabela Fipe e a quantidade de quilômetros rodados também influenciam o preço.
Por fim, a empresa TEx é a insurtech líder em soluções online para corretoras de seguros. Na verdade, a TEx desenvolve plataformas online para o mercado segurador. A empresa criou a maior plataforma de seguros do Brasil, a Teleport, e conta com mais de 20 mil usuários.