A pressão que aconteceu durante praticamente todo o ano de 2021 em relação ao preço final do combustível, ainda que para muitos especialistas vai acontecer com menos força do que no último ano, por conta de razões externas como a chegada das Eleições.
Para a população que mais sofre com o aumento de preços que na maioria dos casos é uma decorrência da inflação e desvalorização da moeda, é difícil ressaltar que o aumento de preços para quem irá encher o tanque será menos “sentido” ao longo de 2022, pois no último mês de 2021 também houve um novo aumento de preços.
Combustível aumentou drasticamente de preço ao longo de 2021
Em um levantamento que foi realizado pela Ticket Log, durante o período de 2020 a 2021 o preço do combustível subiu 40%, cerca de praticamente quatro vezes mais do que o cenário de inflação dos últimos 12 meses, que fechou o ano com o IPCA em 10,75%.
Para alguns analistas do mercado financeiro, pelo fato de que 2022 será um ano de eleições presidenciais e esse tema envolve uma pauta muito importante na vida dos brasileiros, a tendência é que as elevações de preço em referência ao combustível sejam menores.
No momento, abastecer o carro representa uma renda média de 16 a 20% do brasileiro e como a renda caiu 11% durante 2021, muito por conta da pandemia e do despreparo do Governo Federal, é bem provável que esse será um tópico importante ao longo do ano e o atual Governo se têm planos de se reeleger, não poderá fazer os ajustes tão absurdos como do último ano.
Preço doméstico vai continuar pressionado ao longo de 2022
O preço doméstico do combustível no Brasil vai continuar pressionado ao longo de 2022, porém pelas análises com uma magnitude menor do que em 2021. Porém, teremos outras pressões ao longo do ano, como o preço do barril de petróleo que deverá até o mês de abril chegar aos 80 dólares, além do câmbio que tende a se desvalorizar e chegar aos R$ 6 em relação ao dólar neste ano.
E se existe alguma solução para essa pressão, o que a Petrobras deveria fazer ao longo do ano é de não interferir na política de preços, o que acaba gerando ainda mais desconfiança para o mercado, principalmente dos investidores internacionais qualificados que acabam se afastando do país ainda mais.
Políticas públicas não se mostram eficazes
No último ano as políticas públicas para atender a população não se mostraram eficazes, sendo que para 2022 a recomendação é que a Petrobras não se envolve na política de preços.
Pelo fato de que a Petrobras é uma empresa listada em Bolsa, devendo obedecer às leis estatais, caso ela continue a realizar interferências na política de preços, ela poderá em um futuro, ainda que não com este Governo, sofrer severas punições, algo que em outro país do mundo com mais seriedade do que o Brasil já teria acontecido.