O preço dos alugueis residenciais ficaram 2,93% mais caros no mês de fevereiro, de acordo com o Índice de Variação de Aluguéis que foi divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa alta foi bem maior do que o registrado no ano anterior, que já havia subido 1,86%.
Com o resultado, o índice passa a acumular uma subida de 4,76% nos últimos 12 meses, que já é maior desde janeiro de 2019, o que nos mostra que a chegada da pandemia refletiu sim para um aumento do preço do aluguel. O indicador da FGV começou a série histórica em 2019 e desde então apresentou altas variações.
Entenda como funciona o indicador do FGV para medir o preço do aluguel residencial
O novo indicador da FGV foi lançado no início do ano, para realizar a medição de quanto o preço do aluguel iria evoluir mês a mês. O Ivar acompanha as variações de preços das principais capitais do Brasil, que são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Nos primeiros dois meses do ano, a taxa de variação registrou avanços em quase todas as cidades acompanhadas, exceto em São Paulo que teve um recuo de 0,07 ponto porcentual. A variação do preço do aluguel acompanha os preços dos contratos assinados pelos inquilinos e com a maior variação que ocorreu em Belo Horizonte, de 9,32%.
Existem leis para travar o aumento do preço do aluguel?
Não existe uma lei no Brasil que obrigue que o preço do aluguel tenha um limite mensal ou anual de reajustes. O preço pode ser definido livremente entre as partes, favorecendo a lei da oferta e da demanda.
Desde 1989, o índice IGP é o mais recomendado para realizar o cálculo entre a evolução dos preços do aluguel residenciais ao longo dos anos. Porém, nos últimos anos, alguns fatores que antes não tinham nada a ver com o preço dos aluguéis acabaram jogando os preços lá nas alturas, com o IGP acumulando em 16,12% nos últimos 12 meses.
Melhor comprar ou alugar um imóvel?
Existem as suas vantagens e desvantagens tanto na hora de comprar um imóvel quanto também no momento em que você decide passar a pagar aluguel. Ainda está entre os sonhos da maior parte dos brasileiros o sonho de possuir a sua casa própria, mas é preciso ficar atento aos altos juros que são cobrados pelos bancos ao solicitar o financiamento.
Mesmo assim, o Banco Central do Brasil verificou o crescimento do pedido de financiamento de imóveis, com um salto de 15,3% entre as pessoas físicas nos últimos 12 meses, considerando que a Selic está em dois dígitos.
No Brasil, o Aluguel de imóveis já se tornou algo cultural entre as famílias e está relacionado muitas das vezes à condição de deixar uma herança em patrimônio para os filhos. Mas mesmo que isso seja um gesto muito bonito, as famílias precisam pensar se elas terão condições de pagar esse financiamento no futuro.