PIX: saiba sobre os possíveis golpes e como identificá-los

O PIX, sistema de pagamentos e transferências instantâneas desenvolvido pelo Banco Central, já demonstrou ser um sucesso seis meses após seu lançamento, com mais de 254 milhões de chaves já cadastradas. Mas a ferramenta também pode ser alvo de golpes aplicados por cibercriminosos.

Nesse contexto, em casos recentes, cibercriminosos têm divulgado um suposto bug no sistema PIX que promete dobrar o valor das transferências. O bug é falso, mas se baseia em técnicas de engenharia social feitas para enganar os usuários, por isso é importante se manter informado sobre possíveis golpes para não ser uma vítima.

O golpe funciona assim: nas redes sociais são postadas mensagens e vídeos citando falhas em instituições financeiras e no próprio PIX que viabilizam o processo. Assim, os usuários são direcionados a transferir um valor que supostamente será devolvido em dobro para chaves específicas, mas que na realidade são dos golpistas.

Casos de golpes através sistema

Os casos mais comuns acontecem por conta de cibercriminosos que induzem as vítimas a fazer transferências via PIX, como foi explicado. Porém, existem casos em que os usuários não são induzidos, mas simplesmente perderam quantias de dinheiro, o que torna mais importante ainda saber como se prevenir.

Nesses outros casos, usuários do sistema PIX relatam que tiveram quantias transferidas de suas contas bancárias para outras sem terem tomado nenhuma ação. É o que aconteceu em Goiás e na Bahia, em que duas mulheres afirmaram que suas contas foram “esvaziadas” por criminosos.

No primeiro caso, uma das vítimas cita ter perdido R$ 65 mil em menos de 24 horas. Em um segundo golpe, o prejuízo relatado por outra vítima foi de R$ 9,5 mil. Deste modo, ambas as vítimas afirmam que não fizeram nenhuma transferência ou passaram dados para outras pessoas, o que torna a possibilidade do golpe mais perigosa.

Uma delas informa que o seu banco, o Nubank, confirmou que a transferência via PIX havia sido feita pelo próprio celular cadastrado na conta, mas ela nega que tenha feito transações. Não foi esclarecido ainda como os criminosos assumiram as contas das vítimas. No entanto, existem maneiras de se proteger e evitar golpes através do PIX.

Como identificar golpes via PIX

Alguns golpes envolvendo o PIX utilizam técnicas já vistas anteriormente. Dessa maneira, criminosos utilizam um tema em alta e com fácil aderência, como por exemplo, o próprio sistema de pagamentos ou datas festivas, como a Black Friday, e então, aplicam métodos para atrair vítimas. Por isso é importante prestar a atenção em coisas como:

  • Confira se a página acessada é oficial de instituições bancárias e/ou de pagamentos;

  • Se a comunicação foi feita por um meio oficial (seja por mensagem, e-mail ou telefone);

  • Solicitação de dados pessoais que possam ceder acesso ao PIX;

  • Solicitação de “códigos de confirmação” por SMS;

  • Veja se os destinatários são pessoas conhecidas ou não;

  • Confira se é preciso baixar algum tipo de programa ou documento no PC ou celular.

Com essas informações, golpistas podem clonar as contas de WhatsApp e, então, tentar acessar a instituição financeira do usuário. Assim, para evitar correr riscos, é recomendável acessar apenas sites e aplicativos oficiais das instituições. Lembrando que o registro de chaves do PIX só acontece por canais oficiais.

Por fim, o usuário pode utilizar camadas extras de segurança das próprias instituições financeiras. Em alguns casos, o usuário recebe uma notificação cada vez que uma transação é feita, o que ajuda na identificação de movimentações. Ademais, também é recomendado ajustar limites para as transações feitas pelo PIX.

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