ISENÇÃO do Imposto de Renda para quem ganha até 5 salários

PÉSSIMA NOTÍCIA em 2023 para Imposto de Renda

Ministro da Fazenda sinalizou que não será possível cumprir promessa de correção da tabela do Imposto de Renda em 2023

Uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve sair do papel em 2023. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou que a correção da tabela do Imposto de Renda só deve ser concretizada a partir de 2024.

O Ministro argumentou que não pode realizar esta correção em 2023 devido ao chamado princípio da anterioridade na tributação do Imposto de Renda. Trata-se de um sistema que exige que as mudanças realizadas na tabela só tenha validade a partir do ano seguinte. Assim, mesmo que o governo aprove algo em 2023, os cidadãos sentiriam esta mudança na
prática apenas em 2024.

Durante as eleições presidenciais do ano passado, o então candidato Lula prometeu corrigir a tabela do Imposto de Renda e isentar todos os trabalhadores que ganhavam até cinco salários mínimos, ou seja, algo em torno de R$ 6,6 mil. Na ocasião, alguns economistas disseram que a medida poderia trazer prejuízos irreparáveis aos cofres públicos.

Curiosamente, esta mesma promessa foi feita também por Haddad, quando ele disputou as eleições presidenciais de 2018 e saiu derrotado nas urnas. Como Ministro, no entanto, o discurso começa a se distanciar daquele feito por ele nos palanques daquela disputa presidencial há cinco anos atrás.

Hoje, a tabela do Imposto de Renda indica que o tributo precisa ser pago por todos os trabalhadores que recebem até R$ 1,9 mil. Como não há uma correção desde o ano de 2014, o contribuinte precisa pagar cada vez mais impostos com o passar dos anos. Hoje, quem recebe 1,4 do salário mínimo precisa pagar o tributo.

Gastos com Haddad

De um modo geral, é possível dizer que o aumento da taxa de isenção do Imposto de Renda é mais uma medida que gera mais gastos para o Governo. Em entrevista no dia 03 de janeiro, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, falou como pretende conseguir dinheiro para bancar estes custos.

“Temos série de renúncias como essas [dos combustíveis] que estão sendo discutidas com todo o governo para ver a pertinência. Existe plano de curtíssimo prazo pra ver o que é possível rever de renúncia e de gasto, [por exemplo] vários filtros em programas sociais foram retirados no ano passado para aumentar transferência de renda, isso precisa ser revisto do ponto de vista qualitativo”, afirmou.

“Não pretendemos executar o déficit que está previsto, vai ser menos do que isso (R$ 231 bilhões).”

Moeda comum

Nesta semana, o Ministro da Economia Fernando Haddad teve um encontro com o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli. Eles discutiram a possibilidade de criação de uma moeda única para toda a América do Sul.

Segundo Scioli, o plano não é acabar com as moedas locais que os países já utilizam, mas acrescentar uma nova forma de pagamento para ajudar no processo de transação financeira e nas negociações entre os países do continente.

“Sobre a moeda comum, nós trabalharemos. Não significa que cada país não tem sua moeda, significa uma unidade para integração e aumento do intercâmbio comercial em todo este bloco regional. E, como disse o presidente Lula, fortalecer o Mercosul, ampliar a união latino-americana, é muito importante”, disse Scioli.

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