O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), voltou atrás na sua opinião e disse ser contrário a PEC dos Combustíveis, que abaixaria o preço da gasolina. Ele chegou a assinar um texto apoiando a medida, mas em entrevista disse estar alinhado com as ideias de Guedes, que é contrário a medida.
A PEC dos Combustíveis prevê a redução dos impostos sobre os combustíveis e a energia elétrica. Se por um lado a gasolina poderia ficar mais barata nos postos, o impacto no orçamento da União poderia ser de R$ 100 bilhões. Neste cenário, o texto tem sido chamado por opositores de PEC Kamikaze” e de “PEC da Irresponsabilidade Fiscal”.
“Não é que eu apoie 100% a PEC. É que acho importante que haja a discussão. Está na PEC dar subsídio para caminhoneiro. Isso, por exemplo, sou contra. Tem formas de você ajudar os caminhoneiros sem ser por intermédio de subsídios, como a proposta do Paulo Guedes de reduzir o preço do biodiesel. O meu voto vai ser sempre de acordo com a equipe econômica do Paulo Guedes. Se a PEC avançar, o texto final será muito modificado”, afirmou Flávio, em entrevista à revista Crusoé.
A PEC dos combustíveis
Além de reduzir o preço dos combustíveis, como a gasolina, o texto também estende redução de impostos para conta de energia. Outras propostas são a criação de um auxílio diesel de R$ 1,2 mil voltado para os caminhoneiros e subir o subsidio do programa vale-gás para 100%. Hoje o programa libera pagamentos, a cada dois meses, de apenas 50% da média nacional do botijão de 13 kl.
O cenário político econômico do país não é dos mais favoráveis, inclusive a inflação registou no mês de janeiro um novo recorde histórico. A inflação oficial do país subiu 0,54% em janeiro, isso por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Chama a atenção que este foi o pior resultado para o mês de 2016 (1,27%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).