Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), expôs que apenas um em cada três alunos no mundo voltarão à escola nesse período no mundo. Os demais, contudo, ainda permanecerão “sem escola”, ou “na incerteza” provocada pela pandemia de Covid-19.
Isto, em números, significa que de 1,5 bilhão de crianças e adolescentes nas escolas, da pré-escola ao ensino médio, 900 milhões devem retornar às aulas presencialmente entre agosto e outubro. A outra parcela tem um calendário escolar diferente.
Cerca de 561 milhões, de acordo com a Unesco, já retornaram ou então retornarão às aulas já nas próximas semanas.
Parcela de estudantes sem escola
Por outro lado, há uma infinidade de crianças e adolescentes sem aula presencial por conta da pandemia do coronavírus.
Cerca de 1 bilhão de alunos, ou seja, dois terços da população escolar mundial, permanece no entanto “sem escola, ou em situação de incerteza”. Esta terça-feira, 1º de setembro, marcou início das aulas com vários países europeus.
“Mais da metade dos 900 milhões de alunos que iniciam o novo ano letivo deve seguir o ensino a distância – no todo, ou em parte”, completa a organização.
Crise na educação
Alarmada com a situação, a Unesco diz que o impacto nas populações mais vulneráveis, principalmente nas meninas, é altíssimo.
Desse forma, por meio do comunicado, a entidade pede às autoridades educacionais que garantam uma volta à escola rápida. A recomendação, de acordo com a Unesco, consiste na adoção de medidas que visem à saúde e à segurança de alunos e professores.
“A crise educacional continua séria”, afirma a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, citada no documento.
Estados planejam retomada das aulas ainda em 2020
Dentre os 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal, somente cinco planejam atualmente a retomada das aulas ainda em 2020.
O Amazonas foi o primeiro Estado da federação a reabrir suas escolas, no último 10 de agosto, inclusive as públicas.
Cinco Estados programam a volta à aulas: Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O levantamento é do G1 com dados das secretarias de educação.
No entanto, mesmo com protocolos sanitários divulgados e datas pré-agendadas, dia a dia ocorrem discussões por parte dos governantes, assim como protestos entre a classe de professores e pais de alunos.
No Amazonas, por exemplo, professores têm se mobilizado para pedir ao governo a suspensão das aulas, pois há registro de aumento do número de casos de Covid-19 após a reabertura.