Pandemia empurrou 100 milhões de trabalhadores para a pobreza, diz ONU

A Pandemia do novo coronavírus chegou como um furacão no mundo do trabalho. De acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) cerca de 100 milhões de trabalhadores em todo o mundo estão neste momento em situação de pobreza.

Esses dados consideram a situação desde o início da pandemia até aqui. São trabalhadores de todos os países do planeta. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) isso aconteceu porque o mundo vem perdendo vagas de emprego de qualidade.

Ao mesmo tempo que isso acontece, esses trabalhadores acabam trabalhando cada vez mais em empregos que pagam cada vez menos. O resultado disso é menos qualidade de vida para esses empregados tanto no Brasil como no resto do mundo.

E as más notícias não acabam por aí. Ainda de acordo com a ONU, essa situação não deve melhorar em um futuro rápido. Segundo essa projeção mais pessimista nem a chegada das vacinas vai ser capaz de mudar esse cenário. Uma melhora maior só deve acontecer a partir do ano de 2023.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema, a projeção da ONU aponta que no final deste ano de 2021, o mundo ainda vai ter cerca de 75 milhões de empregos a menos do que teria sem a pandemia. Portanto, dá para dizer que o futuro próximo não deve apresentar muitas melhorias.

Situação do mundo do trabalho

Esse pessimismo tem uma série de explicações. Recuperar-se da covid-19 não é somente um problema de saúde”, disse Guy Ryder, diretor geral da OIT. “Sem um esforço para acelerar a criação de empregos decentes e apoiar os membros mais vulneráveis das sociedades, os efeitos da pandemia poderiam durar anos”, disse ele.

“Este déficit de empregos e horas de trabalho vem somar-se aos altos níveis de desemprego, subemprego e péssimas condições de trabalho que prevaleciam antes da crise de saúde”, completou o diretor ao elencar os problemas atuais dos trabalhadores.

No Brasil, milhões de pessoas acabaram perdendo o emprego ou mesmo passando a trabalhar em situação menos favorável. Há casos, por exemplo, em que o empregador teve que reduzir o salário do funcionário para não demiti-lo.

Auxílio Emergencial

Diante desse cenário mundial, vários países tiveram que se virar para ajudar a população mais carente neste momento. Sobretudo aqueles que acabaram perdendo os seus empregos neste momento. No Brasil, o Governo Federal optou pela criação de um auxílio emergencial.

No início dos pagamentos, esse programa repassou parcelas de R$ 600 podendo chegar a R$ 1200 para as mães solteiras. Logo depois de um período de interrupção, o projeto voltou no último mês de abril para uma série de quatro ciclos para 39 milhões de pessoas.

Agora em 2021, no entanto, o programa é notadamente menor em todos os sentidos. Além de durar por menos tempo e fazer pagamentos para menos gente, o valor do projeto também caiu. Agora, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Auxílio está pagando parcelas de, no máximo, R$ 375. 

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