Open banking: 2ª fase começa na quarta; entenda

A segunda fase do Open Banking – em tradução livre banco aberto – deve ser lançada na próxima quarta-feira (15).

Mas o que isso significa de fato? Significa, de acordo com o Banco Central, que será possível compartilhar seus dados com diversos bancos e instituições financeiras e receber serviços personalizados.

Ao menos é que isso que se espera, mesmo a perspectiva de que seu início não gere efeito imediato.

“A segunda fase começará a ser implementada de maneira gradativa. Isso serve para sentir o sistema, ver se existe algo que precisará de atenção ou reparo para, só então, ganhar escala. Estamos testando esse grande encanamento que é o open banking e a previsão é de ter um fluxo mais aberto apenas em setembro”, declarou Thiago Alvarez.

Ele é presidente do Guiabolso e membro do conselho deliberativo do open banking no Banco Central, e concedeu a entrevista para a Folha de São Paulo.

Entenda os quatro ciclos da segunda fase do Open Banking

Para implementação da segunda fase do open banking, pelo menos quatro ciclos foram preparados pelo Banco Central.

Veja cada um deles abaixo:

  • Primeiro ciclo: Terá limite de consentimento de 0,1% dos clientes;
  • Ações programadas: Disponibilização de APIs e outro recursos para acompanhamento de dados dos clientes.
  • Período:  de 15 de julho a 1º de agosto.

 

  • Segundo ciclo: Aumentará o limite de consentimento para 0,5% dos clientes;
  • Ações programadas: Liberação para compartilhamento de dados e informações de movimentações de contas de depósito à vista, de poupança e pré-pagas;
  • Período: de 2 a 15 de agosto.

 

  • Terceiro ciclo: Aumentará o limite de consentimento para 1% dos clientes;
  • Ações programadas: Liberação de APIs com informações do cartão de crédito e operações relacionadas a crédito.
  • Período: de 16 a 29 de agosto.

 

  • Quarto ciclo: Aumentará o limite de consentimento para 10% dos clientes;
  • Ações programadas: Liberação de todas as APIs disponíveis.
  • Período: 30 de agosto a 12 de setembro.

O que é Open Banking?

Em tradução livre, Open Banking significa “banco aberto” ou “sistema bancário aberto”. Em outras palavras, significa que os seus dados não serão somente posse de um único banco.

Ou seja, seus dados e histórico bancário poderá ser compartilhado entre os bancos. Para isso, será necessária a autorização pelo responsável da conta.

Essa funcionalidade promete entregar serviços financeiros personalizados, independente se você tiver conta no banco que deseja a contratação de algum serviço financeiro.

Isso seria possível porque o banco A, receberia informações do banco B, a qual a pessoa tem conta e poderia entregar um serviço de acordo com o perfil do cliente.

A funcionalidade promete também aumentar a competitividade entre os bancos, na hora de atrair cliente e oferecer linhas de crédito.

O sistema já funciona em outro lugar do mundo?

Sistemas similares já funcionam no Reino Unido desde 2008. A Austrália e outros países, como o EUA, também estudam aderir à medida.

Neste caso, cada país deve definir sua legislação e estruturas para que isso aconteça. Levando em consideração que cada país possui seu mercado financeiro diferenciado entre si.

Todos os bancos participarão do Open Banking?

Não. Os bancos tradicionais como Santander, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco serão obrigados a aderir ao Open Banking. Já outras instituições financeiras têm liberdade de escolha, como o Nubank, que é uma fintechs.

Quem irá monitorar todo este sistema?

O Open Banking será monitorado pelo Banco Central. Entre as atribuições do banco público será verificar se a legislação está sendo cumprida e punir participantes que a descumpram.

Por fim, vale destacar que todo e qualquer dado só será fornecido com a autorização do cliente.

 

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