Novo preço da Gasolina neste fim de março choca e surpreende brasileiros

Brasileiros comemoram notícia e torcem para novas quedas no preço da gasolina

O preço da gasolina acabou de sair e animou os motoristas do Brasil. Após disparar mais de 6% há três semanas, os valores médios do combustível fóssil recuaram por duas semanas consecutivas, aliviando um pouco o bolso dos consumidores no país.

De acordo com o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do litro da gasolina recuou 0,54%, passando de R$ 5,54 para R$ 5,51.

Em resumo, o combustível ficou seis centavos mais barato no país nas duas últimas semanas, eliminando uma pequena parte da alta de 32 centavos registrada no início do mês. Aliás, o forte avanço ocorreu devido à retomada da cobrança do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol.

A expectativa é que os preços da gasolina se mantenham em patamar elevado, próximo de R$ 5,50. A propósito, a ANP analisa os preços em mais de cinco mil postos de combustíveis do país e divulga uma média nacional para os seus valores.

Nesta atualização, o valor da gasolina caiu em três regiões brasileiras: Nordeste (-1,06%), Sudeste (-0,55%) e Sul (-0,54%). Em contrapartida, o valor subiu no Centro-Oeste (+0,55%), enquanto se manteve estável no Norte. Com isso, os preços médios da gasolina chegaram aos seguintes patamares:

  • Norte: R$ 5,81
  • Nordeste: R$ 5,60
  • Sul: R$ 5,55
  • Centro-Oeste: R$ 5,47
  • Sudeste: R$ 5,38

Vale destacar que o preço médio de produção e importação, sem tributos, foi bem menor em todas as regiões. Os valores variaram entre R$ 3,45, no Nordeste, e R$ 3,86, no Norte.

Em outras palavras, os consumidores pagam bem mais caro para abastecerem seus veículos no país. Isso acontece porque existem outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis nas bombas, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra.

Gasolina passa de R$ 6,00

Na semana passada, o preço da gasolina caiu em 18 das 27 unidades federativas (UFs), com destaque para Bahia (-3,02%) e Acre (-2,97%). Os demais recuos foram mais tímidos.

Por outro lado, a gasolina ficou mais cara em cinco locais, destacando-se Sergipe (+3,36%), Distrito Federal (+2,94%) e Amapá (+2,30%). Em outras quatro UFs restantes o combustível se manteve estável.

Apesar da queda disseminada, vários estados tiveram preços acima da média nacional, com alguns deles comercializando o combustível a mais de R$ 6,00. Veja abaixo os estados com os maiores preços médios da gasolina:

  • Amazonas: R$ 6,56
  • Roraima: R$ 6,08
  • Rondônia: R$ 6,00
  • Acre: R$ 5,89
  • Rio Grande do Norte: R$ 5,89

Em contrapartida, os locais com os menores valores do país foram:

  • Mato Grosso do Sul: R$ 5,18
  • Minas Gerais: R$ 5,30
  • Paraíba: R$ 5,31
  • Amapá: R$ 5,33
  • São Paulo: R$ 5,34
  • Maranhão: R$ 5,35

Vale destacar que, segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina deveria ficar 25 centavos mais caro nos postos do país com a retomada da cobrança dos impostos federais.

No entanto, o valor médio do combustível subiu 43 centavos desde a retomada da cobrança do PIS/Cofins, há quase um mês. Isso mostra que há margem para novas quedas no preço da gasolina no país nas próximas semanas.

Isso não quer dizer que o recuo acontecerá de fato, até porque o repasse das variações para os consumidores finais tendem a ser mais lentas e menos completas quando são recuos. Em casos de aumento de preços, ocorre justamente o contrário, com os valores subindo ainda mais que o esperado, como aconteceu com a gasolina.

Consequência da alta dos preços da gasolina

Nos dois primeiros meses de 2023, o governo federal se reuniu algumas vezes para decidir se a cobrança dos impostos sobre os combustíveis voltaria a vigora no país ou não. Por um lado, a equipe econômica defendia a volta dos impostos sobre os combustíveis devido ao aumento da arrecadação federal.

Em suma, o déficit fiscal projetado para 2023 era de R$ 231,5 bilhões. Entretanto, o rombo nas contas públicas deverá cair para R$ 120 bilhões com o aumento da arrecadação federal de impostos. Por isso que a equipe econômica torcia pela retomada da cobrança do PIS/Cofins.

Por outro lado, a ala política defendia a manutenção da isenção dos impostos, temendo um desgaste da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o encarecimento dos combustíveis. Além disso, também há um temor sobre o aumento da inflação, que eleva o custo de vida da população.

Em resumo, os combustíveis impactam fortemente a taxa inflacionária no país, e, com a volta dos impostos, a inflação poderá subir mais que o esperado, estourando a meta pelo terceiro ano consecutivo.

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