O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,23% em maio deste ano. Nesta matéria do Notícias Concursos que acaba de sair, você vai ver que, na comparação com o mês anterior, o indicador desacelerou, visto que sua variação havia sido de 0,61% em abril. O IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Em resumo, o termo inflação se refere ao aumento geral nos preços de bens e serviços em uma economia. Assim, quando a taxa inflacionária sobe, o dinheiro passa a comprar menos bens e contratar menos serviços, pois o aumento da inflação reduz o poder de compra do consumidor.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o principal objetivo do IPCA é “medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos”.
A saber, o IBGE, responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (7). O resultado veio abaixo do esperado pelos analistas do mercado financeiro, cuja média das projeções apontava para uma inflação de 0,33% em maio.
Com o acréscimo do resultado mensal, a variação acumulada pelo IPCA nos últimos 12 meses perdeu força, passando de 4,18% para 3,94%.
Embora tenha recuado no acumulado anual, a inflação continua acima da meta central definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para 2023, de 3,25%. No entanto, vale destacar que a taxa poderá desacelerar ainda mais ao longo do ano, ou seja, poderá se manter dentro da meta definida para este ano.
Aumento dos preços fica disseminado em maio
O IBGE revelou que sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em seus preços em abril, indicando disseminação das altas.
O principal destaque foi o grupo saúde e cuidados pessoais, que impulsionou de maneira mais significativa a inflação no Brasil no mês passado.
Confira abaixo a variação registradas pelos grupos pesquisados pelo IBGE:
- Saúde e cuidados pessoais: 0,93%;
- Habitação: 0,67%;
- Despesas pessoais: 0,64%;
- Vestuário: 0,47%;
- Comunicação: 0,21%;
- Alimentação e bebida: 0,16%;
- Educação: 0,05%;
- Artigos de residência: -0,23%;
- Transportes: -0,57%.
O IBGE revelou que o grupo saúde e cuidados pessoais impactou o IPCA em 0,12 ponto percentual (p.p.). Isso quer dizer que o grupo respondeu por mais da metade do avanço inflacionário no mês.
Segundo o IBGE, o principal destaque no grupo foi a alta nos preços do plano de saúde (1,20%) e de itens de higiene pessoal (1,13%), destacando-se os perfumes (3,56%).
Além disso, os produtos farmacêuticos ficaram 0,89% mais caros, contribuindo para a taxa inflacionária no mês. A alta aconteceu devido à autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março
Outros grupos também se destacam
O grupo que exerceu o segundo maior impacto na inflação em março foi o de habitação, contribuindo com 0,10 p.p. da alta do IPCA no mês. “Houve influência dos preços da água e esgoto e da energia elétrica, que registraram reajustes em algumas capitais“, explicou André Almeida, analista da pesquisa.
Em suma, a maior contribuição no grupo (0,05 p.p.) veio da taxa de água e esgoto (2,67%). Houve reajustes em seis áreas: Aracaju, Belém, Curitiba, Goiânia, Recife e São Paulo. Os reajustes variaram entre 4,92%, em Aracaju, e 11,20%, no Recife. Já a alta dos preços oscilou entre 0,44%, em Goiânia, e 10,79%, no Recife.
Vale destacar a forte desaceleração nos preços do grupo alimentação e bebidas, que havia subiu 0,71% em abril. Com isso, o impacto exercido pelo grupo na inflação do país foi de apenas 0,04 p.p. em maio. “Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral“, disse Almeida.
O IBGE revelou que, no lado das altas, os destaques ficaram com o tomate (6,65%), o leite longa vida (2,37%) e o pão francês (1,40%). Em contrapartida, houve queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).
Inflação sobe em 15 dos 16 locais pesquisados
Em maio, o preço dos produtos e serviços subiu em 15 dos 16 locais pesquisados. O resultado é uma pequena conquista para os brasileiros, que sofreram nos três meses anteriores com alta em todas as 16 capitais.
Ainda assim, o avanço disseminado mostra que os brasileiros estão tendo que gastar ainda mais para adquirir itens ou contratar serviços no país.
Confira abaixo as taxas inflacionárias registradas nos locais pesquisados em maio:
- Fortaleza: 0,56%;
- Belo Horizonte: 0,48%;
- Recife: 0,41%;
- Aracaju: 0,35%;
- Salvador: 0,35%;
- Campo Grande: 0,30%;
- Rio Branco: 0,29%;
- Curitiba: 0,25%;
- São Paulo: 0,24%;
- Brasília: 0,19%;
- Goiânia: 0,15%;
- Porto Alegre: 0,08%;
- Rio Janeiro: 0,08%;
- Vitória: 0,01%;
- Belém: 0,01%;
- São Luís: -0,38%.
“A maior variação foi em Fortaleza (0,56%), em função dos jogos de azar (12,18%) e da energia elétrica residencial (3,71%). Já a menor variação foi registrada em São Luís (-0,38%), influenciada pelas quedas de 7,63% no frango inteiro e de 5,87% na gasolina.”, explicou o IBGE.