Ministra promete reajustar bolsas de pesquisa ainda no 1º semestre

Ministra Luciana Santos prometeu reajustar as bolsas de pesquisa neste semestre, mas evitou cravar valores

As bolsas de pesquisa para estudantes universitários serão reajustadas ainda no primeiro semestre deste ano. É o que está prometendo a Ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB). Contudo, a chefe da pasta vem evitando cravar o tamanho destes reajustes.

A Ministra voltou a prometer o aumento durante a 13º Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) nesta quinta-feira (2), na cidade do Rio de Janeiro. Milhares de estudantes acompanharam a declaração da chefe da pasta, que voltou a fazer a promessa que já tinha sido feita em janeiro deste ano.

“Quem vai anunciar será o presidente Lula”, disse Santos. Hoje, o Brasil conta com algumas instituições que atuam no fomento de pesquisa. As duas mais conhecidas são o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Pelo desenho atual do Governo Federal, o CNPQ está diretamente ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que hoje tem o comando de Luciana Santos. Já a Capes é comandada pelo Ministério da Educação, de Camilo Santana (PT). A tendência é que um possível aumento destas bolsas aconteça após reuniões entre os membros das duas pastas.

Vale lembrar que Santana disse no início do ano que anunciaria o reajuste destas bolsas até o final deste mês de janeiro. Contudo, o fato é que o mês já terminou e nenhum anúncio foi feito. Este aumento para os estudantes foi uma das principais promessas de Lula (PT) nas eleições do ano passado.

Sem reajuste

Bolsistas do CNPQ e da Capes não sabem o que é um reajuste do valor recebido desde 2013. De lá até aqui, o valor pago para que os alunos invistam nas suas pesquisas vem perdendo o poder de compra, sobretudo em um cenário de elevação da inflação.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) afirma que o poder de compra destes estudantes já caiu em mais de 75%. Com a queda, alguns alunos acabam desistindo de seguir com as suas pesquisas.

Em seu discurso na Bienal da UNE, Luciana culpou Bolsonaro. “Ocorreram drásticos cortes no financiamento da pesquisa do país. Mas o tempo da negação da ciência passou. A ciência voltou a ser uma prioridade nesse país”, afirmou.

Bolsas no Brasil

Mesmo que não tenha oferecido datas nem valores dos reajustes, Luciana disse que o seu Ministério vai trabalhar para resolver questões urgentes da sociedade como é o caso da fome e das mudanças climáticas.

“A ciência tem que estar a serviço do combate à fome. Tem que estar a serviço do enfrentamento às mudanças climáticas. Tem que estar a serviço da produção dos insumos para as vacinas, para diminuir nossa dependência de outros países. A política de ciência e tecnologia deve buscar a autonomia brasileira e garantir a soberania nacional”, disse.

Vacinação

Ainda no discurso, a Ministra disse que a sua pasta vai atuar na campanha de vacinação contra a Covid-19.

“Queria pedir a todos os estudantes que se unam a nós em um movimento nacional pela vacinação que terá início neste mês de fevereiro”, disse ela. O Governo pretende iniciar neste mês de fevereiro a aplicação da vacina bivalente contra a Covid-19.

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