Mesmo com Auxílio, aprovação de Bolsonaro não subiu, diz pesquisa

O Governo Federal começou a pagar o Auxílio Emergencial no último dia 6 de abril. No entanto, mesmo semanas depois do início dos pagamentos, a aprovação do Presidente Bolsonaro não apresentou qualquer tipo de reação. Pelo menos é isso o que indica uma pesquisa do Instituto Poder Data.

De acordo com a pesquisa, 58% dos beneficiários desse novo Auxílio Emergencial desaprovam o Governo de Bolsonaro. Na outra ponta, cerca de 30% aprovam a gestão do Presidente. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 12% não souberam responder.

A primeira questão em torno dessa pesquisa é que ela não mostra uma variação muito grande em relação aos números anteriores. Tanto a aprovação como a reprovação do Presidente seguiram intactos. Isso leva a crer que os pagamentos do Auxílio não fizeram a aprovação do Presidente subir, como aparentemente aconteceu no ano passado.

A segunda questão é que essa pesquisa não é muito diferente dos números totais da população. A reprovação de Bolsonaro é muito semelhante quando se considera o público total e quando se considera apenas o público que está recebendo as parcelas do novo Auxílio Emergencial. Quase não há mudança.

De acordo com o Instituto Poder Data, essa pesquisa aconteceu entre a última segunda-feira (26) e a quarta-feira (28). Os resultados passaram por uma divulgação nesta quinta-feira (29). Eles ouviram 2500 pessoas de 482 municípios de 26 estados e do Distrito Federal.

O que o Governo esperava da popularidade

O Palácio do Planalto esperava um aumento de popularidade do Presidente depois de algumas semanas de pagamento do Auxílio Emergencial. Isso porque esse fenômeno aconteceu no ano passado, quando Bolsonaro subiu em todas as pesquisas de popularidade. Inclusive nos levantamentos do Poder Data.

Em entrevista, até o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) verbalizou que estava contando com esse aumento na popularidade de Bolsonaro. No entanto, é um fato que isso não aconteceu. Dentro do Governo, aliás,  se fala em dar atenção para outros programas.

A ideia agora é investir pesado na pauta do novo Bolsa Família. A ideia do Governo é portanto aumentar a quantidade de pessoas que recebem o benefício. Além disso, eles querem aumentar a média de pagamentos do programa, que hoje está na casa dos R$ 190.

Pagamentos do Auxílio

Há a avaliação de que os valores do Auxílio este ano acabaram prejudicando um pouco a recuperação da imagem do Presidente. De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, a União está pagando quatro parcelas que variam entre R$ 150 e R$ 375. Pelo menos até agora.

O próprio Governo vem reconhecendo, através de discursos, que esses valores são baixos. Em entrevista, aliás, o Presidente Bolsonaro chegou a dizer que esse dinheiro não deve servir como uma renda completa, e sim como um complemento de renda apenas. Algumas pessoas concordam, outras não.

O Governo não comentou essa pesquisa do DataPoder. Aliás, é provável que não faça isso. O Planalto segue dizendo que vai investir em outros projetos. No entanto, eles não estão dando datas para a maioria deles. Pelo menos não até agora.

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