Instagram lança assinatura para conteúdos exclusivos de influencers

Recurso ainda não está disponível no Brasil, mas muitos criadores de conteúdo aguardam por sua chegada

O Instagram está lançando uma nova funcionalidade para permitir que criadores de conteúdos possam compartilhar material exclusivo para assinantes de seu perfil. A ideia é concorrer com serviços similares ao Only Fans, uma plataforma para produtores distribuírem seus conteúdos a assinantes. No Instagram, os criadores receberiam por isso através de publicidade e outros trabalhos. 

O recurso está disponível somente nos Estados Unidos por enquanto e só pode utilizá-lo quem tiver o sinal verificado no Instagram, e assim, começar a lucrar em cima da “nova aba”.

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Através de um vídeo, o CEO do Instagram, Adam Mosseri, revelou que a rede visa se tornar “o melhor lugar da internet para os criadores obterem sua renda” e que as novas atualizações são um resultado do feedback de quem participou da fase de teste do serviço de assinatura. Dentro desse novo recurso vai ser possível publicar posts no feed que só serão visíveis para assinantes. 

Já para os seguidores, ao pagar para o criador de conteúdo, o assinante ganhará um selo roxo que o certifica como um apoiador. O “Selo de assinante” será exibido nos comentários das publicações ou nas mensagens enviadas ao criador de conteúdo, que facilitará a identificação durante uma transmissão ao vivo, por exemplo. Haverá também uma nova aba “home do assinante” nos perfis dos criadores, onde os assinantes poderão filtrar as fotos e reels. 

Competição por conteúdo 

Segundo dados do próprio Only Fans, em fevereiro de 2021, a plataforma contava com mais de 100 milhões de usuários ao redor do mundo, onde 1 milhão eram criadores de conteúdo. Já o Instagram é uma das redes mais consumidas pelo público, de acordo com o report da We Are Social e da Hootsuite (agências de marketing digital especializadas em mídias sociais atuantes em todo mundo). 

Só no Brasil, o Instagram já passa os números do Only Fans, com 122 milhões de usuários, sendo a terceira rede social mais usada no País em 2022. Ou seja, o potencial de crescimento é gigante entre os usuários. 

De acordo com a Taruman, agência de marketing digital, os criadores de conteúdo do Brasil já estão aguardando a vinda desse novo recurso do Instagram. A empresa recomenda que, para que eles tenham um resultado eficiente, é necessário um direcionamento para não acarretar em publicações que possam difamar a própria imagem ou da marca. 

Para estar nesse mundo e ter um resultado positivo, o criador de conteúdo vai precisar de estratégias de marketing. Isso porque, se no modo orgânico já existem recursos próprios para resultar em um bom engajamento, o esforço terá que ser maior se quiser distribuir algo exclusivo onde as pessoas vão precisar pagar para ter acesso. 

A agência acredita que o segredo será fazer um conteúdo voltado para um nicho específico. Vários influenciadores já compartilham conteúdos bem diversificados sobre diversos assuntos nas suas redes sociais, mas para conquistar esse público novo será necessário analisar seus seguidores e fazer um bom plano de ação. 

Reels ainda são destaque 

Apesar do novo recurso, o Instagram não deve desistir do Reels, função lançada para bater de frente com o TikTok. Em uma atualização do layout do app feita este ano, a empresa buscou dar mais destaque para a funcionalidade, trazendo um visual mais moderno à interface, semelhante à própria rede social chinesa. 

O Instagram está testando uma versão de full screen, na intenção de colocar o Reels como conteúdo principal da plataforma, sem deixar, é claro, os outros formatos de publicação. Os recursos como Stories e feed com fotos foram mantidos pelo Instagram na sua atualização. Isso porque, no primeiro caso é o formato mais lucrativo da rede social, com altos índices de engajamento. Já o segundo, é tradicional e mantém a comercialização no local. 

Segundo a Meta, atualmente os vídeos curtos correspondem cerca de 20% do tempo que os usuários passam no aplicativo. Na plataforma do Facebook, os vídeos de todos os formatos são responsáveis por 50% do tempo em que as pessoas navegam.

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