O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, revelou em entrevista ao jornal Correio Braziliense, nesta segunda-feira (18), que o tempo médio de espera nas filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será reduzido para 45 dias até o encerramento do ano de 2023. Lupi destacou que a projeção representa uma melhoria significativa em comparação ao cenário anterior, informando que o tempo de espera já diminuiu para 49 dias no mês de novembro.
A declaração do chefe do ministério visa tranquilizar os beneficiários e reforçar o comprometimento do governo em aprimorar os serviços prestados pelo INSS. Carlos Lupi ressaltou que a equipe ministerial está implementando medidas para otimizar os processos internos e aprimorar a capacidade de resposta do INSS diante do aumento da demanda.
Estratégias para redução da fila de espera
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, revelou medidas concretas para reduzir o tempo de espera nas filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com a convocação de 1.250 concursados e a implementação do Programa de Enfrentamento da Fila, Lupi alega ter recursos suficientes para atingir a meta proposta até o fim do ano.
Em entrevista coletiva, Lupi informou que a média de espera em São Paulo é de 32 dias, no Rio de Janeiro está próxima de 40 dias, enquanto em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul está abaixo dos 40 dias. Já nas regiões Norte e Nordeste, o tempo de espera é maior, variando entre 50 e 48 dias.
“Vamos chegar em 31 de dezembro, quando termina o ano, na média de 45 dias. Está muito próximo”, afirmou Lupi. No entanto, é importante destacar que os dados mencionados pelo ministro não constam no Portal da Transparência. O sistema, até o momento, apresenta apenas dados de setembro.
Inteligência Artificial para reduzir tempo de espera
Com o intuito de diminuir a longa espera na fila por benefícios, a atual gestão do INSS implementou alterações nas regras para a concessão do auxílio-doença. Agora, os beneficiários podem solicitar o auxílio de forma remota, utilizando o sistema Atestmed para análise de documentos.
Embora essa medida tenha acelerado o processo de concessão de benefícios, surgiram preocupações em relação à possibilidade de aumento de fraudes e concessões irregulares, dado que a perícia médica presencial foi eliminada. Em resposta a essas inquietações, o presidente do INSS enfatizou o papel crucial da inteligência artificial nesse cenário.
“A inteligência artificial é uma necessidade. O médico perito não tinha um banco de dados para comparar a letra do atestado, saber se fugia do padrão. A inteligência artificial vai sendo alimentada e consegue comparar esses padrões”, destacou Stefanutto.
A implementação da inteligência artificial visa preencher a lacuna deixada pela ausência da perícia presencial, permitindo uma análise mais eficiente e precisa dos documentos apresentados pelos beneficiários. Ao comparar padrões e identificar possíveis irregularidades, a IA tem o potencial de garantir uma concessão de benefícios mais segura e eficaz, contribuindo para a redução da espera por parte dos segurados do INSS.
Os serviços prestados pelo INSS têm um impacto direto na qualidade de vida dos segurados, abrangendo benefícios como aposentadorias, auxílios e pensões. Portanto, é essencial que o governo esteja dedicado a implementar medidas eficazes que garantam a eficiência e a agilidade na concessão desses benefícios.