Frio intenso vai deixar alimentos mais caros

O frio que deve seguir até domingo (1°) pode encarecer ainda mais os alimentos. Isso porque o desajuste no tempo cai diretamente sobre as lavouras, o que impacta no preço dos alimentos. As informações são do G1.

De acordo com reportagem do portal, os agricultores do Sul, no Sudeste e até no Centro-Oeste lutam contra o clima para conseguirem manterem suas produções. Mesmo assim, com alimentos “queimados” pelo gelo, o prejuízo da lavoura já é milionário.

Com isso, consequentemente haverá menor oferta e o que isso significa? Preços mais altos, como já estabelece a lei do mercado quando há menor oferta e a procura não diminui.

“Algodão, milho, cana-de-açúcar, café, hortaliças diversas” foram prejudicadas expõe reportagem do G1.

Mas não é de hoje que o preço dos alimentos estão em alta. Para se ter uma ideia, a inflação dos alimentos e bebidas aumentou 14,09% em 2020. Já no cenário do  IPCA de junho, o setor acumula alta de 12,59%.

Alimentos e impactos

André Braz, economista e coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), explicou para o G1, que há sim preço de alimentos que serão impactados com o frio, mas no geral nada tão significativo como os custos já causados pela crise hídrica.

Café, cana-de-açúcar, soja e trigo são algum dos alimentos acompanhados pelo instituto. E a tendência é que seja desencadeado uma reação em cadeia. O trigo impacta a farinha, massas e biscoitos. Já problemas com a soja podem aumentar o preço da ração animal e também os preços das carnes. Já a cana impacta o setor de combustível, com o etanol.

Mesmo assim, a maior preocupação tem sido quanto a crise hídrica, e não só em relação aos alimentos, mas também a energia elétrica. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem cobrando bandeira vermelha patamar 2 na conta de luz e chegou até reajustar o valor da cobrança entra em 52%.

“E a Aneel estuda um novo aumento, para R$ 11,50 e isso pode causar uma variação média na conta de energia de mais 4,3%”, menciona Braz, do Ibre.

“A energia mais cara também encarece a produção industrial, principalmente de setores que são muito intensivos em energia, como a indústria de materiais de construção civil – pisos, metais etc. – e para o setor automobilístico, que já está pressionado por aumento de custos”, completa.

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