Estrabismo infantil: Uso excessivo de telas eleva risco da condição

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Banco de Imagens: Unsplash

Apesar de atingir apenas 5% da população, o estrabismo está em ascensão no público infantil. Esse crescimento está associado à recorrente exposição de bebês e crianças às telas, os dispositivos eletrônicos, entre celulares e tablets, utilizados para garantir a distração e entretenimento dos pequenos.

Segundo especialistas, este uso excessivo de telas pode ser gatilho para o estrabismo, visto que as luzes desses eletrônicos acabam estimulando a fadiga no músculo ocular. A abundância de informações visuais e velocidade das imagens favorecem esta condição.

Durante este período de isolamento social, o uso de tela pelo público infantil vem aumentando consideravelmente no país, seja para entretenimento, como também estudo. Isso impacta diretamente a saúde mental e fisiológica das crianças.

No caso do estado ocular, além do estrabismo, outras consequências podem vir a ocorrer com o abuso dos eletrônicos, como astenopia e olho seco.

O uso de telas deve ser evitado em crianças menores de dois anos, pois neste período o olho ainda está em formação. Ainda de acordo com os oftalmologistas, quanto menor a criança, maior os danos, já que os músculos oculares não estão fortalecidos.

Para crianças maiores de dois anos, o tempo máximo de exposição às telas deve ser limitado e seguido de intervalos.

Vale lembrar, que além do estrabismo, outros fatores estão associados ao uso de dispositivos eletrônicos precocemente, como a ansiedade, déficit de atenção e até insônia.

Mais sobre o estrabismo infantil

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Banco de Imagens: Unsplash

O estrabismo infantil é uma condição que se caracteriza pelo desalinhamento de um ou dos dois olhos. O distúrbio ocular pode ser tratado, evitando danos à visão e até à saúde mental da criança.

O fato de muitos pais retardarem a consulta ao oftalmologista, devido à condição ser intermitente, ou seja, quando o desalinhamento ocorre apenas durante atividades de esforço visual, acaba possibilitando a agravação do quadro, colocando até a visão da criança em risco.

Sem tratamento, o distúrbio eleva o risco de “olho preguiçoso” ou ambliopia, a maior causa de cegueira monocular no país.

Além disso, a criança com estrabismo pode sofrer com outras consequências da condição, tais como:

  • Redução severa da visão
  • Redução do campo de visão
  • Visão dupla
  • Perda da noção de profundidade

Também são recorrentes os casos de depressão nestes pacientes, já que é frequente a incidência de episódios de bullying, além da baixa autoestima, que pode afetar a saúde emocional dos pequenos.

Já os tratamentos para o estrabismo incluem desde o uso de tampões oculares, óculos e em casos mais graves cirurgias.

Outras causas do estrabismo

Não só o excesso do uso de telas resulta na condição, que afeta a saúde ocular das crianças, fatores hereditários e agravações de doenças como hipermetropia, traumatismos, síndrome de Down ou meningite, também podem ocasionar o estrabismo.

Por isso, a atenção dos pais deve ser redobrada ao desalinhamento dos olhos a partir dos 4 meses de idade, visto que antes deste período, o bebê ainda não tem o controle do movimento ocular, sendo comuns momentos que fiquem paralelos.

 

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