Economia: indústria tem aumento em sua produção e no emprego em agosto

Expectativa é que os números continuem positivos para o restante do ano

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou nesta sexta-feira (16/09) sua Sondagem Industrial com dados sobre a produção e o emprego, apontando o quarto mês consecutivo de alta no setor. De acordo com a entidade, houve uma maior aceleração do ritmo de crescimento em relação ao mês de julho de 2022.

A CNI afirmou que por causa deste cenário positivo, eles estão otimistas com o mês de setembro. todavia, as expectativas são de que a demanda aumente, haja uma alta nas exportações, um crescimento maior no número de empregados, e das compras de matérias primas para os meses seguintes.

O índice relacionado à evolução da produção industrial registrou 54,5 pontos no mês de agosto, indicando que a manufatura aumentou frente ao mês anterior. Ademais, o emprego industrial também mostrou números positivos. O índice bateu os 52,2 pontos, acima dos 50 pontos que indicam queda da ocupação.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu os 73%, dois pontos acima da média histórica para o mês de agosto. É o melhor resultado da indústria, desde o ano de 2013, quando atingiu os 74%. Aliás, em relação ao índice de expectativa para a demanda de setembro, foi de 59,3 pontos, uma retração de 0,4 pontos na comparação ao mês anterior.

Expectativas econômicas

De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, “os empresários da indústria estão percebendo, de uma forma geral, a melhora nas condições dos seus negócios e cada vez mais que suas expectativas otimistas vêm se concretizando. Todavia, percebem uma evolução na demanda e isso vem se refletindo na produção e emprego há alguns meses”.

O índice de intenção de investimento também apresentou uma alta em agosto. Ele chegou a 59 pontos, o maior valor desde o início da série histórica. Analogamente, na comparação ao mês anterior, houve um crescimento de 2,1 pontos. 

O Índice de Confiança do Empresário Industrial alcançou três pontos em setembro deste ano, atingindo cerca de 62,8. É o maior índice desde agosto de 2021. A avaliação do índice dos indicadores vai de 0 a 100. Aos 50 pontos, há uma confiança do empresário no setor. Em suma, quanto maior, mais alta é a confiança.

O crescimento da confiança do empresário da indústria, está relacionado ao fato de que a economia brasileira vem apresentando resultados positivos, com uma alta de 4,9 pontos. Analogamente, as empresas nacionais tiveram também um desenvolvimento expressivo, de cerca de 3,3 pontos.

Em relação ao Índice de Condições Atuais houve um avanço de 4,2 pontos, ficando em 58,4 pontos para setembro de 2022. O Índice de Expecativas teve um crescimento de 2,4 pontos, chegando a marca de 65 pontos. Dessa maneira, os números demonstram um grande otimismo do setor industrial para os próximos meses.

Economia

O Ministério da Economia, junto a Secretaria de Política Econômica (SPE), apresentou na última quinta-feira (15/09), sua projeção para a atividade econômica para o país, no ano de 2022. Em síntese, os números apresentados foram mais otimistas do que os especialistas financeiros previam para o período.

De acordo com o ministério, o Produto Interno Bruto nacional deve crescer em 2022, cerca de 2,7%. Em relação à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a equipe econômica do governo recuou sua previsão para 6,3% no ano. Em conclusão, em julho, este número estava em 7,2%.

Para 2023, é esperado que a inflação fique em torno de 4,5%. O governo sinalizou que irá continuar o corte de impostos para o ano que vem, mesmo assim, o índice inflacionário para 2023, continuou no mesmo patamar. 

Já em relação à projeção do mercado anunciada pelo Boletim Focus desta semana, apresentou um IPCA de 6,4% para 2022, um número um pouco mais alto do que o governo estima. Para o ano que vem, o mercado aposta em uma inflação de 5,17%, também maior do que a esperada pelo Palácio do Planalto.

A meta do governo para a inflação de 2022 estava em 3,5%, e de 3,25% para 2023. Vale ressaltar que há uma margem de tolerância de 1,5 pontos, para mais ou para menos. Como a alta dos preços foi maior que o teto estipulado, o governo tentou conter a inflação durante o ano, reduzindo impostos de inúmeros produtos e aumentando o juros básico da economia. 

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