Economia: brasileiros no exterior gastam US$1 bilhão pelo quinto mês consecutivo

Turismo mundial vem apresentando uma forte recuperação

O Banco Central (BC) divulgou na segunda passada (26/09) os gastos dos brasileiros no exterior.  Ao todo, eles atingiram os US$1,05 bilhão em julho. Todavia, é o quinto mês consecutivo onde as despesas internacionais atingiram um valor maior que um bilhão de dólares. No entanto, o valor é inferior ao de antes da pandemia.

Nos meses de julho de 2018 e de 2019, as despesas dos cidadãos brasileiros em outros países foi de US $1,73 bilhão e US $1,89 bilhão, respectivamente. De acordo com o BC, nos primeiros sete meses de 2022, os gastos ficaram em US$7,3 bilhões. Ademais, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 193%.

O crescimento das despesas internacionais foi causado por diversos fatores. aliás, houve um aumento da atividade econômica nacional e uma alta do dólar, que influenciou nas transações comerciais. Desta maneira, o cenário atual é um pouco diferente do de antes da pandemia da covid.

No início de 2020, com o auge da crise sanitária, a moeda americana sofreu uma alta valorização. Além disso, houve uma suspensão dos voos para outros países. Desse modo, antes da pandemia, os gastos dos brasileiros no exterior estavam em US$2 bilhões na alta temporada. Com a valorização do dólar, despesa com hotéis, passagens, aluguel de carro, por exemplo ficaram mais caras.

Dados sobre 2022

Os gastos dos brasileiros no exterior triplicaram no primeiro semestre. A soma de todas as despesas ficou em US$5,9 bilhões de janeiro a junho. Entretanto, elas  ficaram atrás do período anterior à pandemia. Vale ressaltar que o setor de serviços nacional apresentou uma recuperação neste ano e o turismo está incluso.

Na comparação com 2019 as despesas no exterior ainda estão um terço menores, o que indica um caminho a percorrer até a recuperação total do setor. Deve-se observar que as fronteiras internacionais foram reabertas apenas em 2021, portanto, há ainda muito espaço para que o turismo retome sua força.

As despesas dos estrangeiros em solo nacional também subiram. De acordo com o BC, os gastos de pessoas de outros países no Brasil foi de US$2,4 bilhões. No ano passado, as despesas foram menores, cerca de US$1,3 bilhão. No mês de julho os valores relacionados ao turismo de estrangeiros alcançaram o patamar de US$389 milhões, frente aos US$223 milhões de 2021.

Os dados do BC também indicam que no primeiro semestre de 2022, houve um investimento estrangeiro no país de US$44,9 bilhões . Em 2021 estava em US$26,8 bilhões. No mês de julho de 2022, os investimentos beiravam os US$7,7 bilhões, frente aos US$6,6 bilhões na comparação com o mesmo período de 2021.

Turismo no Brasil

Este ano, o Brasil recebeu o dobro de turistas internacionais do que em 2021. De janeiro a agosto de 2022 1,6 milhão de pessoas de outras nacionalidades visitaram o país. O índice teve uma alta de 169% em relação a todo o ano passado, quando 600 mil estrangeiros entraram em solo brasileiro.

Uma das causas desse aumento está relacionada à demanda reprimida causada pela crise da pandemia. Após o período de fronteiras fechadas, há uma maior procura por viagens internacionais. Dessa maneira, tanto os brasileiros buscam viagens ao exterior, como estrangeiros procuraram por nosso país.

Turismo internacional

De acordo com o Barômetro Mundial do Turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT), no primeiro semestre de 2022 foram registrados 474 milhões de turistas internacionais em todo o mundo. É quase o triplo de 2021. Os números estão próximos dos anteriores à Covid.

Em relação a 2021, as Américas tiveram uma alta no índice de 103%, a África registrou um aumento de 171%. A Europa teve uma alta de 745%, enquanto o Oriente Médio, 76%. Na Ásia houve um crescimento de 165% no número de turistas estrangeiros.

Há uma expectativa otimista para o final do ano. A tendência é que o setor de turismo continue a crescer. As festas natalinas e de ano novo são grandes atrativos, o que deve contribuir para o fortalecimento do setor não só no Brasil, mas em nível mundial. Em conclsão, aos poucos o mundo retoma as suas atividades. 

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