Dívidas: o que fazer quando elas afetam sua saúde mental?

Existe uma relação muito próxima entre saúde mental e financeira

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 700 milhões de indivíduos no mundo já sofreram ou sofrem com algum tipo de problema correlacionado à sua saúde mental. O Brasil é o país mais ansioso de todo o mundo, além de ter mais casos graves de depressão. Isso porque, um gatilho importante que desencadeia essas doenças, tem nome: instabilidade financeira ou dívidas.

Os problemas associados à saúde mental moldam a forma como nossa mente funciona. Dessa maneira, altera as emoções e os comportamentos, o que aumenta a impulsividade, trazendo várias consequências negativas em diferentes pontos da vida. Indivíduos nessas condições têm grandes dificuldades de administrar as finanças, uma vez que a preocupação fica intensa, prejudicando as tomadas de decisões. Para saber como agir, continue conosco na matéria desta quinta-feira (20) do Notícias Concursos.

O que as dívidas têm a ver com a saúde mental

Seis a cada dez pessoas inadimplentes são acometidos por ansiedade. Sequencialmente, um estudo relatou outros sintomas:

  • Irritação e estresse;
  • Desânimo e tristeza;
  • Angústia;
  • Vergonha.

Ademais, isso acontece mais com as mulheres do que com os homens.

Em estudos sobre o assunto, há indícios de que quase 50% dos endividados têm insônia ou o contrário: uma enorme vontade de ficar dormindo, fora os que têm alteração no apetite. Sem contar que algumas pessoas passaram a ter vícios, como cigarros, comidas, bem como compulsão por bebidas ou compras sem controle.

Nesse ínterim, fica claro que quem tem um desequilíbrio mental pode estar mais propenso a tomar más decisões financeiras. Quem tem a saúde mental em desequilíbrio gasta mais que se pode ou adiam a quitação das contas.

Quando o bem-estar de alguém pede uma atenção, é normal buscar aquela “válvulazinha de escape”, como comprar por impulso. Fazer uma viagem sem planejamento ou tomar atitudes precipitadas para compensar o lado emocional vazio também estão no meio disso tudo.

Resistir às tentações de adquirir coisas para que o estresse seja aliviado é um desafio, por conta disso, recomendamos refletir sobre algumas questões:

  • Preciso mesmo dessa coisa?
  • Tenho mesmo as condições de quitar essa dívida?
  • Está em conformidade com meus sonhos?

Ficar endividado incapacita as pessoas de fazer planos

Quem se acomete de ansiedade/estresse desencadeado pelos endividamentos ou pela perda de um emprego, costuma ter bastante dificuldade em fazer planos. Nesse sentido, ajuda especializada consegue mostrar que quitar as dívidas, se reequilibrando financeiramente, poderá dar o impulso para o primeiro projeto, para depois outros.

Por isso, uma educação financeira consegue diagnosticar onde a pessoa se encontra em se tratando das dívidas. Dessa forma, dá para mapear as despesas e receitas, tendo clareza dos acontecimentos. Assim, junto da família, será possível enfrentar momentos difíceis.

Veja abaixo algumas dicas para aliviar os problemas mentais e financeiros:

  • Ver tudo sem ter o sentimento de culpa e procurar uma ajuda especializada;
  • Apontar todas as pequenas, médias e grandes despesas, incluindo qualquer comprinha. Com isso, terá consciência de todos os gastos essenciais e dos supérfluos, diminuindo as despesas;
  • Fale sobre esses problemas com a família, não escondendo por vergonha. Procure por apoio, mostrando o quanto é importante todos ficarem juntos para se reequilibrarem financeiramente;
  • O orçamento financeiro deve ser feito em família. Dessa forma, revise os hábitos a mudar, “enxuguem” as despesas e busquem alternativas mais viáveis;
  • Desinstale os apps de compras, evitando, assim, sugestões de serviços/produtos e a tentação de gastar;
  • Não aceite cartão de crédito, pois há seres endividados que têm cinco cartões e várias contas bancárias. Tudo isso estimula as compras desnecessárias. Caso precise de cartão, mantenha o limite baixo.

O tratamento psicoterapêutico, permite que se tenha entendimento e autoconhecimento. Assim, se saberá a origem dos problemas, ou seja, as dívidas, se livrando das culpas, vergonhas e arrependimentos.

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