Consumo das famílias volta a crescer em julho, diz associação de supermercados

O consumo das famílias brasileiras voltou a aumentar 4,84% no mês de julho, levando em comparação o mês de junho deste ano. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (8), pela Associação Brasileira de Supermercados.

Ainda que seja contraditório em relação à melhora da situação pandêmica, o consumo em julho de 2020 foi maior do que deste ano, superando o índice em 1,15%. Este foi o segundo recuo entre os períodos do ano passado ao longo do ano.

Em junho, o Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros, havia detectado uma baixa de 0,68% quando comparado com o mesmo período no ano passado. De janeiro até julho, houve um acumulado positivo de 3,24%. O resultado abrange todos os formatos de loja, que vai desde atacado, supermercado e loja de vizinhança.

Crescimento do consumo se deve à uma série de fatores

O crescimento levando em conta apenas o mês de junho para julho tem de ser analisado por uma série de fatores, como o pagamento de R$ 5,5 bilhões do Auxílio Emergencial, que abrangeu 26,7 milhões de famílias.

Também se deve somar R$ 1,23 bilhão do Bolsa Família para todas as famílias que não estão elegíveis a receber o Auxílio. Outro ponto de destaque é o aumento dos postos de trabalho, culminado com o avanço da vacinação.

No mês de julho foram inauguradas 21 novas lojas, 42 foram reinauguradas e outras 13 passaram por transformações, o que contribuiu para o saldo positivo de novos postos de trabalho e consequentemente para o consumo.

Cesta básica acabou ficando mais cara para consumo

O custo da cesta básica com os 35 produtos mais vendidos acabou ficando mais cara nos supermercados e assim manteve uma tendência de alta. A média que terminou no último mês foi de R$ 668,55, em especial com os aumentos nas capitais Porto Alegre e São Paulo.

Nesta lista de produtos para consumo estão incluídos produtos de higiene e alimentos. A Região Norte chama a atenção, por não ser uma das mais desenvolvidas do país e contar com a cesta mais cara do país, em média de de R$ 752,89, tendo aumentado 23,49% nos últimos 12 meses. A região Nordeste é a que tem a média mais baixa, com R$ 598,22.

Veja quais são os produtos que tiveram as maiores altas no período

Os produtos que tiveram maiores altas entre o período de janeiro a julho, foram em especial o açúcar, ovo, café, frango congelado, carne traseiro, leite longa vida e feijão. No mesmo período alguns produtos tiveram quedas nos preços, como o arroz e óleo de soja. A maior explicação para a alta dos preços e em especial dos alimentos, é a alta da inflação.

No acumulado dos últimos 12 meses, o óleo de soja foi o produto que mais custou para o consumo dos brasileiros, crescendo 87% no acumulado do período. Este produto é seguido pelo arroz, com alta de 39,8%, carne traseiro com 32,9%, pernil 24,8%, frango congelado com 20,8%, café com 17,8% e ovo com 12,4%.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.