Concurso Nacional Unificado terá prova de títulos?

Governo Federal vem organizando prova unificada.

Recentemente, o Concurso Nacional Unificado (CGU) teve novas atualizações!

Na última quarta-feira, 29 de novembro, ocorreu um seminário com membros do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Assim, no decorrer do encontro, houve a revelação de algumas informações sobre o processo seletivo como, por exemplo, a confirmação da realização de prova de títulos para algumas carreiras.

O CNU contará com a aplicação das seguintes etapas:

  • Provas objetivas e dissertativas;
  • Provas de títulos;
  • Avaliação biopsicossocial;
  • Avaliação de heteroidentificação;
  • Confirmação de condição declarada de pessoas indígenas.

Veja também: ALETO abre concurso com 107 vagas

Então, durante o evento, a atual diretora de Gestão de Pessoas da Secretaria de Serviços Compartilhados, Lucíola Maurício de Arruda, trouxe novas informações. De acordo com ela, todos os cargos de nível superior e médio da Funai contarão com a aplicação de uma prova de títulos.

Como serão as provas do CNU?

Conforme indica o Governo Federal, as avaliações objetivas do novo modelo de seleção serão em um dia, até o mês de março do próximo ano. A aplicação ocorrerá em 180 municípios do país de maneira simultânea.

Assim, as provas do certame se dividem em:

  • Provas objetivas de aplicação comum a todos os candidatos e candidatas;
  • Provas objetivas e dissertativas específicas de acordo com cada bloco temático.

As avaliações do Concurso Nacional Unificado serão realizadas em dois turnos. Portanto, no período da manhã, haverão questões objetivas referentes a matriz geral e todos os candidatos.

Já na parte da tarde, serão as etapas discursivas e objetivas específicas.

A lista de disciplinas da primeira edição do CNU ainda passará por definição d comissão juntamente com a banca organizadora. Então, estas constarão no conteúdo programático do edital.

Concurso já definiu banca e cronograma

Recentemente, o governo indicou que a Fundação Cesgranrio será a empresa responsável pela coordenação do CNU. Isto é, ficando a frente do processo de inscrições, aplicação das etapas avaliativas e divulgação dos resultados finais do certame.

A formalização da contratação da empresa tem previsão para ocorrer até o fim deste mês de novembro.

De acordo com o cronograma do Concurso Nacional Unificado, que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos publicou, a publicação do edital oficial será até o dia 22 de dezembro, sendo as demais etapas da seguinte forma:

  • Aplicação das provas: até março de 2024;
  • Divulgação do resultado final da etapa unificada: até maio de 2024;
  • Realização de cursos de formação, quando cabível: até julho de 2024;
  • Nomeação e posse dos novos servidores: até agosto de 2024.

Veja também: MPU deve lançar novo concurso em 2024

Por esse motivo, aqueles que desejam trabalhar em um dos órgãos federais que participarão no CNU, já devem reforçar seus preparativos.

Quais órgão estarão na primeira edição do CNU?

Conforme publicou o MGI, os seguintes órgãos estarão na primeira edição do CNU:

  • IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): 895 vagas;
  • Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas): 502 vagas;
  • Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária): 742 vagas;
  • Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária): 440 vagas;
  • Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia): 80 vagas;
  • MTE (Ministério do Trabalho e Emprego): 900 vagas;
  • Ministério da Saúde: 220 vagas;
  • AGU (Advocacia Geral da União): 400 vagas;
  • Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar): 40 vagas;
  • Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): 40 vagas;
  • Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários): 30 vagas;
  • ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar): 35 vagas;
  • MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços): 110 vagas;
  • MCTI em partes (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação): 296 vagas;
  • MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública): 130 vagas;
  • MinC (Ministério da Cultura): 50 vagas;
  • MEC (Ministério da Educação): 70 vagas para ATPS;
  • MDHC (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania): 40 vagas;
  • MPI (Ministério dos Povos Indígenas): 30 vagas;
  • MPO (Ministério do Planejamento e Orçamento): 60 vagas;
  • MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e as carreiras transversais: 1.480 vagas;
  • Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira): 50 vagas.

Ao todo, o CNU contará com a oferta de 6.640 vagas que se dividem em oito blocos temáticos, sendo eles:

  • Administração e Finanças Públicas;
  • Setores Econômico, Infraestrutura e Regulação;
  • Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário;
  • Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
  • Políticas Sociais; Justiça e Saúde;
  • Trabalho e Previdência;
  • Dados, Tecnologia e Informação Pública;
  • Nível intermediário (nível médio).

Ademais, a pasta chegou a informar que a divisão se tratava de um formato preliminar e poderia passar por mudanças, de acordo com a adesão dos órgãos. No entanto, ao que tudo indica, que o formato será mantido.

Decreto sobre concursos federais passará por atualização

Durante sua participação no seminário da última quarta-feira, 29 de novembro, o secretário José Celso Cardoso pontuou a ações que o ministério tem intenção de implementar no futuro.

Nesse sentido, a primeira delas é a atualização do decreto 9.739/2019, ou seja, que regulamenta os concursos públicos federais.

“Ele é um decreto autorreferenciado, burocraticamente disfuncional e tem muitas lacunas em termos de processos administrativos para produzir os concursos e ele estabelece privilégios para órgãos da Administração”, destacou o secretário.

Além disso, segundo José Celso, o texto de atualização do decreto já se encontra finalizado e deve ser encaminhado para análise em breve.

“De imediato, estamos atualizando esse decreto, cuja minuta já está pronta em uma proposta que é mais completa, abrangente e orientada, com diminuição das etapas burocráticas do concurso, pensa o ciclo dos concursos e promove uma isonomia entre os órgãos da Administração”.

Então, a segunda ação, de acordo com o secretário, será a institucionalização do Concurso Nacional Unificado. Com isso, o modelo de seleção seria o principal meio para ingressar no serviço público federal.

“É possível diminuir o tempo de contratação do servidor de um ano e meio, que é o tempo que se leva hoje, para três meses, se conseguirmos institucionalizar um formato no qual provas periódicas de caráter nacional possam ser feitas. E a partir desse primeiro banco de candidatos, as seleções seriam de modo mais simplificado, rápido e efetivo”, detalhou José Celso.

Veja também: TSE deve definir banca de concurso unificado em breve

A intenção do governo é que o novo modelo de concurso poderá chegar em mais pessoas, além de ser mais prático e rápido. Desse modo, a expectativa é de que tenha efeitos positivos para o serviço público.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.