Comprar carro pela internet: saiba como fazer um bom negócio

Golpes na internet envolvendo vendas de veiculo são comuns

Você está pensando em comprar um carro, e encontra aquele que se encaixa nos seus sonhos. Mas ele está sendo vendido na internet. Algumas pessoas te alertam sobre golpes na rede, mas o carro parece bom, e o vendedor, confiável. Como saber se a compra é segura?

As compras pela internet já são uma evolução sem volta. Isso acontece em relação à vários bens de consumo, e também com os veículos – sejam os modelos novos, seminovos ou usados.

Mas será que comprar carro pela internet é seguro?

Toda compra online requer alguns cuidados. No caso de um veículo, a prudência deve ser maior, pois se trata de um item de maior valor agregado.

Neste artigo você vai saber tudo sobre a compra de veículos pela internet: os riscos, os golpes mais comuns, seus direitos e dicas para realizar uma boa compra.

Comprar carro pela internet: vantagens

Mesmo com riscos, as compras pela internet não param de subir, amparadas pelas leis de segurança cada vez mais rígidas, e os hábitos do consumidor, que se modificaram permanentemente com a pandemia da Covid-19.

Ao comprar carros, não é diferente: muitos decidem comprar pela internet devido aos muitos benefícios oferecidos. Veja alguns:

  • Praticidade;
  • Diferença de preços em relação a muitas lojas físicas;
  • Mais agilidade para analisar ofertas;
  • Facilidade em encontrar o modelo que deseja;
  • Maior disponibilidade de ofertas.

Quais são os riscos de se comprar carro pela internet?

Infelizmente, há muitos tipos de golpes que os consumidores estão sujeitos. Gustavo Fonseca, advogado especialista em Direito do Trânsito, co-fundador do site Doutor Multas, aponta os golpes mais comuns praticados na venda online de veículos. Veja abaixo!

Sumiço do vendedor após a entrada

Esse é o tipo de golpe mais aplicado em quem compra carro pela internet.

O suposto vendedor elabora um anúncio muito chamativo. Quando um possível comprador entra em contato, o vendedor aplica a velha desculpa de que recebeu uma proposta imperdível de outro comprador, afirmando que somente poderá segurar o carro se receber o pagamento de um “sinal”, ou seja, um valor de entrada.

Temendo perder o negócio, o comprador acaba depositando esse pagamento.

Assim, o golpista some com o dinheiro, e o comprador não consegue mais localizá-lo.

Falso leilão

Nesse tipo de golpe, é simulado uma espécie de leilão, aonde os carros são oferecidos a preços incrivelmente baixos.

Há casos em que o vendedor mal intencionado chega a mostrar o veículo de forma física ao comprador, porém, após o depósito do dinheiro ter sido realizado, o golpista simplesmente desaparece.

Direto de fábrica

Aqui, o vendedor golpista tenta convencer o comprador de que ele é “amigo” de um funcionário de determinada montadora, e com isso, ele tem direito a descontos especiais.

Depois, o suposto funcionário da montadora participa da conversa, muitas vezes até de uniforme e crachá. O comprador confia no negócio, deposita o valor na conta do golpista e nunca mais vê o vendedor, nem o funcionário.

Consórcio

No golpe do consórcio, o vendedor golpista oferece condições atraentes de vendas de consórcios sorteados. Então, solicita para a vítima sua documentação e o pagamento de uma taxa de transferência de titularidade do consórcio.

Após esse procedimento, como é de se imaginar, o golpista some e a vítima fica sem dinheiro e sem carro.

Consignado

Esse golpe é bastante praticado por revendas de veículos de procedência duvidosa.

O funcionário da loja entra em contato com os proprietários de veículos interessados em vender seus carros, e os convence a deixá-los para venda na loja.

Feito isso, a loja pode aplicar vários golpes, como:

  • Recolher a documentação (como garantia) de quem se interessou e, mais tarde, informar que o pedido do crédito não foi aceito;
  • Vender o carro e deixar de transferir o bem para o comprador;
  • Informar ao proprietário do veículo que ele foi roubado e, assim, ficar com o dinheiro;
  • Vender o carro, usando documentação e procuração de venda falsos.

WhatsApp

Nesta trama, fotos e vídeos são enviados às vítimas por meio do aplicativo, com muitas facilidades de pagamento aos futuros compradores.

Nesse caso, para ganhar credibilidade, é comum o golpista usar nomes de lojas de veículos conhecidas.

Após a vítima ter realizado o depósito, o golpista bloqueia o comprador e some com o dinheiro.

Mas tenha calma. Comprar veículos pela internet pode, sim, ser um bom negócio, desde que você busque por sites confiáveis, e não confie em completos desconhecidos.

Dicas: como fazer uma boa compra de veículo pela internet?

A principal é: abra o olho!

Desconfie sempre

Preços muito baixos, ofertas milagrosas, condições de pagamento fora da realidade do mercado são chamarizes de golpistas.

Utilize a tabela FIPE como referência de preço. Se o valor ofertado estiver muito acima ou muito abaixo, desconfie.

Fique atento quanto às exigências de pagamento antecipado; você pode cair em golpes como os que foram citados.

Confira as informações

Verifique se a descrição dada do veículo é condizente com as fotos publicadas.

Analise detalhes como:

  • Os equipamentos prometidos;
  • A quilometragem do automóvel;
  • O ano e o modelo.

As informações devem ser precisas e consistentes, e as imagens não podem deixar dúvidas sobre o que está sendo oferecido na venda.

Fique atento à documentação

Com a placa e o RENAVAM do veículo, você poderá pesquisar, pelo site do DETRAN do estado em que ele está registrado, se há alguma pendência em nome do automóvel, como multas, licenciamento, IPVA ou outros débitos.

Procure realizar uma vistoria cautelar veicular

Existem empresas que realizam o serviço chamado de vistoria cautelar, algumas até são cadastradas pelos DETRANs.

Neste procedimento, são analisado uma série de detalhes, como a originalidade dos equipamentos do carro, o CHASSI, o desempenho do motor, a documentação e históricos de sinistro.

Todas as informações apuradas serão registradas em documento, juntamente com fotos, e entregues ao futuro comprador. Com a pandemia, este serviço passou a ser realizado via online, e não presencial, mas sem comprometer a exatidão das informações.

O custo da vistoria pode ser dividido entre ambas as partes interessadas no negócio. Afinal, se o vendedor for confiável, ele terá o maior interesse em favorecer uma compra satisfatória, sabendo que na internet a reputação dos serviços (bons ou maus) se espalha rapidamente.

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