Classe média ficou mais pobre com a pandemia da covid-19 (entenda!)

Desigualdade social ainda é grand eno Brasil

De acordo com o Mapa da Riqueza, um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), houve um aumento da desigualdade social no Brasil por conta da pandemia de covid-19. O governo buscou socorro às famílias mais pobres através de seus programas sociais de transferência de renda, mas a classe média saiu prejudicada.

Todavia, houve uma perda de renda exponencial deste setor da sociedade, que puxou as estatísticas para baixo. Os pesquisadores Marcelo Neri e Marcos Hecksher da FGV utilizaram o imposto de renda como base para a obtenção de dados e informações relacionadas, que mostram a desigualdade no país.

Analogamente, a partir de seus dados, os economistas puderam observar que o cálculo utilizando os dados do imposto de renda se diferem das informações coletadas pelo Instituto Brasieliro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisas por Amostras de Domicílio (Pnad).

O estudo da FGV aponta uma desigualdade social no Brasil ainda maior que o observado pelo IBGE. Ao juntar os dados obtidos nas duas pesquisas, foi constatado que o cenário da distribuição de renda no país é “péssimo”. A pandemia só contribuiu para a piora do quadro.

Economia do Brasil

A pesquisa da FGV demonstra que mesmo com a implementação do Auxílio Emergencial., que teve como objetivo ajudar as famílias mais pobres do Brasil, a desigualdade do país não recuou em 2020. Isso se deve ao fato de que a classe média acabou sofrendo reveses relacionados à sua situação financeira no período.

Vale ressaltar que o desempenho econômico da classe média no ápice da pandemia foi muito pior do que os apresentados pela população mais rica. As perdas de famílias mais abastadas foi de -1,5%, ou seja, menos da metade da classe média que teve um índice negativo de -4,2%.

Analogamente, este setor da sociedade foi o mais prejudicado pela pandemia e pelo lockdown imposto para conter o coronavírus. De acordo com o Mapa da Riqueza, o Distrito Federal foi e continua sendo a região com a maior renda per capita do cenário nacional. São cerca de R$3.148 e um patrimônio declarado de R$94.684.

O Maranhão, por outro lado, é o estado mais pobre do país.  A renda per capita média do cidadão é de R$409 e seu patrimônio declarado é de cerca de 6.329. As informações coletadas no estudo apontam que a maior parte da população não possui renda suficiente para declarar o imposto de renda anualmente.

Renda da população

Em síntese, o Mapa da Riqueza da FGV  mostra que 24 das 27 unidades da federação e 16 das capitais do país, 80% de toda a população, não fizeram a declaração do imposto de renda. Dessa forma, se observa que estes cidadãos brasileiros, possuem uma renda mensal menor que R$2.000.  

Por outro lado, a pesquisa também mostra a situação inversa, os dados relacionados aos cidadãos mais ricos do Brasil. Para se ter uma ideia, os moradores do Lago Sul, bairro do Distrito Federal, possuem uma renda média de cerca de R$40 mil e um patrimônio na faixa dos R$1,4 milhão.

Dessa maneira, em relação aos municípios mais ricos do país, com uma população acima dos 50 mil habitantes, todas as 20 cidades estão nas regiões sul e sudeste. Nova Lima, município de Minas Gerais aparece na primeira posição do Mapa da Riqueza, com uma renda média per capita de R$8.897.

Os dez municípios mais pobres do Brasil se encontram nas regiões norte e nordeste. O destaque fica para Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco, com a menor renda per capita do país, cerca de R$659. O estudo mostra a desigualdade social, onde algumas regiões são mais abastadas e outras mais pobres.

Com a pandemia em seu ápice em 2020, houve uma queda na renda de todos os setores da sociedade. Muitas empresas fecharam as portas,  com muitas pessoas perdendo o emprego. O Mapa da Riqueza mostra que a classe média acabou se vendo ainda mais prejuducada, na crise econômica causada pelo coronavírus.

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