CESTA BÁSICA: farinha de mandioca, leite e açúcar MAIS CAROS em abril

Preço da cesta básica subiu na maioria dos locais pesquisados, pressionado por importantes alimentos para os brasileiros

A cesta básica ficou mais cara no país em abril. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço subiu em 14 das 17 capitais brasileiras pesquisadas.

Em outras palavras, os brasileiros que dependem de cesta básica não tiveram muitos motivos para comemorar no mês passado, uma vez que tiveram que gastar um pouco mais para comprar os mesmos itens que em março.

A saber, o Dieese coleta preços de alimentos básicos em 17 capitais brasileiras e revela as suas variações, bem como a das cestas básicas. Além disso, o levantamento também mostra quais produtos tiveram as maiores oscilações em seus preços.

Assim, os consumidores passam a entender o que ajudou a encarecer ou a reduzir o preço da cesta básica em cada mês. Em abril, alguns itens muito importantes na mesa dos brasileiros ficaram mais caros no país, como feijão, batata e tomate.

Entretanto, estes não foram os únicos itens a registrarem aumento em seus preços no mês passado. Confira abaixo outros alimentos que também ficaram mais caros em abril.

Farinha de mandioca sobe em todos os locais

O levantamento mostrou que o preço da farinha de mandioca, pesquisada no Norte e no Nordeste, subiu em todas as capitais em abril. Em resumo, os maiores avanços foram registrados em João Pessoa (+7,00%) e Salvador (+3,64%).

Da mesma forma, o valor da farinha de mandioca também subiu no acumulado dos últimos 12 meses, e todos os avanços foram muito expressivos. Segundo o Dieese, as altas oscilaram entre 30,37%, em Aracaju, e 43,62%, em João Pessoa.

Isso quer dizer que os consumidores do país tiveram que pagar bem mais caro pelo alimento, em comparação a abril de 2022.

O Dieese explicou que, “apesar do maior volume dar raiz para a produção da farinha, a menor demanda e a dificuldade de comercialização causaram impacto nos preços praticados no varejo”.

Outro item que também pesou mais significativamente no bolso dos brasileiros em abril foi o açúcar refinado. Em suma, o valor do item subiu em 13 das 17 capitais pesquisadas, com destaque para Aracaju (+6,58%) e Natal (+2,87%).

Os únicos locais que registraram queda no preço do açúcar foram Vitória (-2,45%), São Paulo (-1,47%) e Salvador (-1,21%). Já em Florianópolis, o valor médio do item não oscilou em relação a março.

Embora o preço do açúcar refinado tenha subido na maioria dos locais na comparação mensal, o resultado anual foi completamente diferente. O Dieese informou que, em 12 meses, o alimento ficou mais barato em todas as 17 capitais, destacando-se Florianópolis (-13,92%), Campo Grande (-9,86%) e Recife (-9,17%).

Em síntese, a baixa oferta do açúcar elevou os preços no varejo, segundo o Dieese. Cabe salientar que isso aconteceu mesmo com o início da safra, ou seja, os preços em maio devem cair, já que a oferta será maior no país.

Leite integral e manteiga também sobem

Outros dois alimentos, também bastante consumidos pelos brasileiros, ficaram mais caros em abril e pressionaram o valor da cesta básica: o leite integral e a manteiga. As altas não atingiram a maioria dos locais pesquisados e pesaram no bolso dos consumidores.

Em primeiro lugar, o leite integral ficou mais caro em 13 capitais. Os maiores avanços foram registrados em Campo Grande (+6,64%), Brasília (+5,54%) e Belo Horizonte (+5,42%).

No acumulado de 12 meses, o valor médio do leite subiu em todas as 17 capitais pesquisadas, com taxas entre 8,98%, em Florianópolis, e 29,04%, no Recife.

O Dieese também informou que a manteiga, derivada do leite, ficou mais cara em dez locais, com destaque para Goiânia (+3,26%), Aracaju (+2,89%) e Natal (+2,57%). Em 12 meses, o item teve alta em todas as capitais pesquisadas, com variações entre 7,42%, em Vitória, e 24,81%, em Belém.

“Abril é o período de entressafra de leite, quando ocorre redução do produto no campo, o que eleva os valores dos derivados no varejo”, explicou o Dieese.

Óleo de soja fica mais barato e alivia cesta básica

Por fim, o óleo de soja seguiu o caminho inverso e ficou mais barato em todas as 17 capitais pesquisadas em abril. As reduções variaram entre -8,41%, em Vitória, e -0,34%, em Salvador.

Considerando os últimos 12 meses, o valor do óleo de soja também caiu em todos os locais pesquisados. Em suma, as quedas mais intensas ocorreram em Belo Horizonte (-32,03%) e Campo Grande (-31,40%).

De acordo com o Dieese, a soja teve uma safra recorde no Brasil, e isso fez os preços caírem. Já em relação ao óleo, os altos valores praticados no varejo interno inibiram a demanda, o que reduziu os custos nos supermercados.

A saber, o Dieese coleta os preços nas seguintes capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

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