Não respondi ao Censo do IBGE. Vou perder o Auxílio Brasil?

Informação falsa diz que o cidadão que não responder o Censo do IBGE, terá o Auxílio Brasil do Governo Federal cortado

Nas últimas semanas, circulou pelas redes sociais uma informação falsa onde apontava que o cidadão que se negar a responder ao censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) perde o direito de receber o Auxílio Brasil. A fake news assustou alguns usuários, sobretudo aqueles que já tinham se negado a atender os agentes do Instituto.

Entretanto, não é verdade que alguém possa perder o benefício por esta razão. Por meio de uma nota, o IBGE já confirmou que a notícia é falsa. Além disso, as informações também foram desmentidas pelo Ministério da Cidadania, responsável pelos pagamentos do projeto social. A pasta afirma que a informação não tem nenhum pé na realidade.

“(O Auxílio Brasil) só é suspenso em caso de informações divergentes no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico), após um processo que analisa a situação das famílias para definir a permanência no programa. Antes disso, porém, o beneficiário é avisado para atualizar as informações”, disse o Ministério.

“Não são verdadeiras as informações que vinculam o Censo 2022 ao pagamento de qualquer programa social. As informações prestadas pelos entrevistados são mantidas em completo sigilo pelo IBGE, sendo apenas utilizadas para compor estatísticas para o conjunto da sociedade”, disse o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Em 2022, o Censo do IBGE teve início no último dia 1 de agosto, e conta com mais de 183 mil recenseadores em todas as regiões do país. Embora o cidadão não corra o risco de perder o Auxílio, a dica geral é atender o entrevistador e responder as perguntas. Os dados poderão ajudar na construção de novas políticas, como novos benefícios sociais, por exemplo.

Fake news sobre roubos no censo

Também circula pela internet uma segunda fake news sobre o Censo de 2022. Nela, uma postagem mostra a foto de um homem que estaria invadindo casas ao se passar por recenseador e roubar famílias em vários estados do país.

Ainda de acordo com o IBGE, esta é uma outra mentira. A foto usada na postagem é de um mesmo homem desde 2004. A fake news costuma voltar ao ar e circular com mais força justamente no momento em que o censo começa a acontecer.

Ao receber a visita de um recenseador, o cidadão pode solicitar ao indivíduo o número do seu RG, do CPF ou mesmo o da matrícula do IBGE. Logo depois, você pode acessar o site https://respondendo.ibge.gov.br/, clicar na opção “Verifique a identidade do entrevistador”, e digitar o número informado.

O sistema vai indicar se o indivíduo é mesmo um trabalhador do IBGE. Este processo também pode ser feito pelo telefone 0800-721-8181. Na ligação, basta selecionar a opção 1 para “confirmar a identidade do recenseador”.

Veja abaixo como um trabalhador do IBGE deve se apresentar:

Foto: Reprodução/ IBGE

TSE

Outra fake news que circula pelas redes sociais é a de que os recenseadores estão entrando nas casas das pessoas para antecipar os votos delas nas eleições deste ano. A postagem mentirosa afirma que os agentes estão pegando dados para fraudar os números da corrida presidencial em outubro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que “a única forma de identificação biométrica válida é aquela coletada presencialmente pela Justiça Eleitoral antes da pandemia de Covid-19 ou por órgãos públicos parceiros, como o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e os institutos de identificação”.

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