O programa Celular Seguro, do governo federal, foi lançado no último dia 19 de dezembro, com o objetivo de ajudar as vítimas de roubos e furtos no processo de bloqueio de suas contas. A ideia é fazer com que o aparelho se torne inutilizável, justamente ao bloquear estes itens.
Dados oficiais divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta terça-feira (2), indicam que o sistema ultrapassou a marca de 1 milhão de usuários cadastrados. O número foi alcançado oficialmente ainda na segunda-feira (1).
Ainda de acordo com as informações do Ministério, pouco mais de 750 mil celulares foram oficialmente registrados pelo site e pelo aplicativo oficial do programa, que já está disponível para download em celulares com sistemas Android e iOS.
Além disso, o Ministério também indicou a inscrição de quase 700 mil cidadãos registrados como pessoas de confiança nas configurações do aplicativo. São justamente estas pessoas de confiança que passam a ter o poder de bloquear o telefone, caso haja necessidade.
“O Celular Seguro vem se mostrando uma ferramenta de combate efetivo a um dos principais crimes presentes no dia a dia das cidades. Temos ações contra o crime organizado, contra os crimes violentos letais intencionais, mas também contra o roubo e furto de celulares. Atuamos em todas as frentes pela redução da violência no país”, afirma, em nota, o ministro em exercício, Ricardo Cappelli.
Como funciona o Celular Seguro
O sistema do Celular Seguro funciona por meio de uma parceria entre o governo federal, e empresas dos mais variados segmentos. Funciona basicamente desta forma:
- O cidadão cadastra o seu número na plataforma de maneira gratuita;
- No momento do cadastro, ele pode escolher uma ou mais pessoas de confiança;
- Caso este cidadão tenha o telefone roubado, furtado ou perdido, ele pode pedir para que esta pessoa de confiança acione o botão de bloqueio;
- Com este acionamento, o governo fica ciente de que aquele celular foi perdido, e envia imediatamente a informação para as empresas parceiras;
- Cada empresa recebe a notificação e fica encarregada de bloquear o seu app naquele determinado celular.
Como visto, o papel do governo federal neste sistema é apenas avisar as empresas sobre o ocorrido. Cada companhia pode bloquear o seu aplicativo naquele celular no tempo que achar possível. Em alguns casos, há a promessa de bloqueio imediato. Em outros casos, é possível que este processo aconteça apenas em até 48 horas.
Ainda preciso realizar o BO?
Uma das principais dúvidas das pessoas que estão dentro do sistema do Celular Seguro, é a necessidade ou não de registro do Boletim de Ocorrência (BO) mesmo depois de registrar o roubo ou furto no aplicativo. Afinal de contas, o que se sabe sobre este assunto?
De acordo com o Ministério da Justiça, o funcionamento do aplicativo não exige necessariamente o registro de um Boletim de Ocorrência na polícia. Assim, o cidadão vai conseguir bloquear o seu aparelho mesmo antes de registrar o seu roubo em uma agência policial.
Mas o registro do BO segue sendo muito importante mesmo para as pessoas que entraram no sistema do Celular Seguro. Tal processo tem o objetivo de ajudar as diferentes esferas de governo e de polícia a mapear a situação da violência em todos os lugares do país, e a partir destes números conseguir formular políticas públicas para tentar resolver o problema.
Para além disso, o BO também pode ser importante para que o próprio cidadão consiga provar que foi assaltado em caso de necessidade de comprovação.
Alerta de golpe envolvendo o Celular Seguro
Na última semana, o secretário de segurança pública do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli fez um alerta para que as pessoas interessadas no projeto não caiam em golpes. De acordo com ele, o Ministério não envia links de pedidos de entrada para os usuários.
“IMPORTANTE. Nós não enviamos link do Celular Seguro pedindo que a pessoa se cadastre. O cadastro é voluntário e feito somente pelo aplicativo ou pelo site oficial. Criminosos estão espalhando links fraudulentos. Serão identificados e tratados na forma da lei”, alertou o secretário.