Bolsa Família: usuários do nordeste comemoram nova notícia sobre benefício

Nova notícia envolvendo os usuários do nordeste foi anunciada na tarde desta sexta-feira (19) pelo IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um novo dado sobre os pagamentos do Bolsa Família nesta sexta-feira (19). Curiosamente, os resultados da nova pesquisa fizeram com que usuários especialmente do nordeste e do norte comemorassem.

Isso porque de acordo com o Instituto, estas foram as regiões brasileiras que apresentaram as maiores quedas de desigualdade social no ano de 2023. A informação foi confirmada pelos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

O Nordeste

O Nordeste, por exemplo, é a região em que os dados de queda da desigualdade estão mais claros. Veja abaixo:

  • 2019: o grupo dos 10% mais ricos tinham rendimento mensal domiciliar per capita 18,8 vezes maior que os 40% mais pobres.
  • 2023: o grupo dos 10% mais ricos tinham rendimento mensal domiciliar per capita 13,7 vezes maior que os 40% mais pobres.

O que mudou nesta região? O número de pessoas atendidas pelo programa Bolsa Família, que cresceu exponencialmente desde o ano de 2019. O crescimento, aliás, começou a acontecer ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi mantido durante o governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Abaixo, você pode conferir a proporção de domicílios do nordeste que recebem o Bolsa Família:

  • 2019: 29% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família;
  • 2022: 33,8% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família;
  • 2023: 35,5% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família.
Bolsa Família: usuários do nordeste comemoram nova notícia sobre benefício
Lula durante lançamento de programa na Bahia. Imagem: Ricardo Stuckert/ Agência Brasil

O Norte

O impacto na região norte também é visível. Desde que o número de usuários do Bolsa Família aumentou, a desigualdade social também foi reduzida basicamente em uma mesma proporção. Confira:

  • 2019: o grupo dos 10% mais ricos tinham rendimento mensal domiciliar per capita 16,2 vezes maior que os 40% mais pobres.
  • 2023: o grupo dos 10% mais ricos tinham rendimento mensal domiciliar per capita 12,8 vezes maior que os 40% mais pobres.

Abaixo, você pode conferir a proporção de domicílios do norte que recebem o Bolsa Família:

  • 2019: 26,3% dos domicílios do Norte recebiam Bolsa Família;
  • 2022: 29,1% dos domicílios do Norte recebiam Bolsa Família;
  • 2023: 31,7% dos domicílios do Norte recebiam Bolsa Família.

“Em 2023, o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era inferior a 30% do rendimento médio dos domicílios não beneficiados”, diz o IBGE.

“Entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu 42,4%, enquanto entre aqueles que não recebiam o benefício a variação foi de 8,6%”, completa o Instituto.

Nas demais regiões, também houve um crescimento no número de atendidos pelo programa Bolsa Família. Contudo, trata-se de uma elevação residual. O IBGE não conseguiu constatar um forte impacto na redução da desigualdade social nestas áreas.

O Bolsa Família

Atualmente, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país. Dados mais recentes do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome indicam que pouco mais de 20,8 milhões de pessoas de todas as regiões do país estão aptas ao recebimento do benefício neste mês de abril.

Todas as famílias que fazem parte do benefício recebem um patamar de R$ 600. Contudo, este valor pode ser elevado, ou até mesmo reduzido, a depender da quantidade de adicionais a que cada cidadão tem direito. Famílias que contam com crianças, por exemplo, podem receber um bônus de R$ 150.

Abaixo, você pode conferir a lista completa de adicionais que estão sendo pagos pelo governo federal aos usuários do Bolsa Família atualmente.

  • Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
  • Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
  • Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
  • Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
  • Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
  • Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.

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