Black Friday ou Black Fraude? Veja pesquisa que mostra que preço de 13% dos produtos tiveram aumento

Será que a fraude continua?

Em anos anteriores, órgãos de proteção ao consumidor detectaram que muitas lojas elevavam os preços antes da Black Friday e voltavam para valores próximos ao original durante a promoção, simulando um desconto que, na verdade, não existia, técnica que ficou conhecida como “tudo pela metade do dobro”.

Para verificar se a tática será usada neste ano, a reportagem acompanhou preços em 14 lojas, online, entre 13 e 27 de novembro. São mercadorias monitoradas como eletroeletrônicos, roupas, livros e móveis.

Quase 70% dos produtos não tiveram alteração no valor e pouco menos de 20% tiveram redução de preço, indicando promoções das lojas antes da data.

Entre os 13% de produtos que subiram, a maior parte é de baixo valor (até R$ 300).

Em termos absolutos, são 1.300 itens que ficaram mais caros nos últimos 15 dias. O aumento médio foi de 16,2%. Não há grande diferença na presença desses produtos mais caros entre as empresas.

Foram monitoradas Amazon, Americanas, Casas Bahia, Extra, Kabum, Magazine Luiza, Marabraz, Netshoes, Pernambucanas, Pontofrio, Renner, Saraiva, Submarino e TokStok.

Para a ABComm (Associação Brasileira do Comércio Eletrônico), tanto o consumidor quanto as marcas atingiram certa maturidade para lidar com as ofertas na data. “As reclamações diminuíram muito nos últimos dois anos. Se você considerar que as vendas sobem em grande proporção, as lojas estão aprendendo a fazer a lição de casa”, diz Mauricio Salvador, da ABCom.

A associação estima que as vendas subam 18% neste ano, puxadas, especialmente, pela proximidade do Natal –a data ocorre seis dias mais perto que em 2018. A expectativa de faturamento é de R$ 3,45 bi, com gasto médio de R$ 340.

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