Conforme informações oficiais, o déficit do Governo Central em 2021 foi o menor desde 2014 em termos reais. Confira alguns apontamentos feitos pelo Banco Central do Brasil (BCB) através de documento divulgado pela instituição neste mês – março de 2022.
Banco Central aponta redução no déficit do Governo Central
O déficit do Governo Central em 2021 foi o menor desde 2014 em termos reais. Entre os fatores que explicam esse resultado destacam-se:
- a retomada da atividade econômica;
- a dinâmica inflacionária, aliada à limitação do crescimento das despesas pelo teto de gastos;
- a redução das despesas de combate à Covid-19; e
- a alta de preços das commodities em reais.
A retomada econômica e a aceleração da inflação
A retomada econômica e a aceleração da inflação ao longo de 2021 impulsionaram as receitas nominais, ao mesmo tempo em que as despesas sujeitas ao teto de gastos ficaram limitadas a um crescimento baixo (2,1%) – referente ao IPCA acumulado até junho de 2020, destaca o Banco Central do Brasil (BCB).
Os gastos primários no combate à Covid-19 passaram de R$521 bilhões no primeiro ano da pandemia para R$121 bilhões em 2021, auxiliando na redução das despesas totais.
Os preços internacionais de commodities altos e a desvalorização do real
Por fim, o Banco Central do Brasil (BCB) destaca que a combinação pouco usual de preços internacionais de commodities altos e desvalorização do real impulsionou a arrecadação com royalties e dividendos pagos por empresas do setor extrativo à União.
Esses fatores, em sua maioria, também impactaram o resultado primário dos entes regionais, que registraram superávit de R$98 bilhões em 2021 – melhor resultado desde 2002 em termos reais.
Lei Complementar (LC) nº 173/2020
Assim como no caso do Governo Central, houve um efeito combinado entre o aumento das receitas e a contenção de despesas, em linha com o determinado pela Lei Complementar (LC) nº 173/2020. Dessa forma, o setor público consolidado registrou superávit primário de R$65 bilhões em 2021, o primeiro desde 2013, destaca o Banco Central do Brasil (BCB),
Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
Em concordância com os bons resultados primários, houve surpresa positiva em relação às projeções de mercado para a dívida pública. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) encerrou o ano em 80,3% do PIB, 1,2 p.p. abaixo das projeções do Focus da data de corte do último RI.
A surpresa foi ainda maior no caso da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), 2,2 p.p. O Banco Central do Brasil (BCB) disponibiliza dados relevantes sobre a economia de forma ampla, sendo uma fonte confiável de informações para o cidadão.