De acordo com uma pesquisa feita pelo movimento Rede Renda Básica Que Queremos, o novo auxílio emergencial deve atender 39,8 milhões de cidadãos. Isso sugere que, 28,4 milhões de pessoas a menos serão ajudadas, comparado ao número de contemplados no ano passado, 68,2 milhões.
A organização é composta por várias entidades e ONGs que defendem o pagamento de uma renda para as famílias de baixa renda durante a pandemia da Covid-19. Ela explica que a redução no número de beneficiários é devido ao custo autorizada na PEC Emergencial, que é menor que o utilizado em 2020.
No ano passado, a União gastou R$ 292,9 bilhões com as duas rodadas de auxílio emergencial (a primeira, de R$ 600, e a segunda, de R$ 300). Já para este ano, a previsão é de que apenas R$ 44 bilhões sejam gastos.
As análises da Rede Renda Básica Que Queremos foram feitas a partir de informações dos Ministérios da Economia e da Cidadania, e também do IBGE.
Como deve ficar a situação nos estados
Segundo a projeção, só em São Paulo, 5,4 milhões de pessoas deixarão de receber o benefício. Em Minas Gerais 2,7 milhões, na sequência o estado da Bahia com 2,4 milhões e Rio de Janeiro 2,3 milhões. Estes são os estados do país que mais terão redução no número de ajudados.
No que se refere o tamanho da população, o estado do Piauí tinha o maior percentual de pessoas recebendo o auxílio em 2020 (40% da população recebeu o benefício em 2020). Agora, este número deve cair para 24%.
Movimento quer que mais pessoas sejam incluídas
Segundo o argumento da Paola Carvalho, diretora da Rede Brasileira de Renda Básica – uma das organizações que compõe o movimento Renda Básica Que Queremos -, o governo deveria manter as mesmas condições aplicadas em 2020.
“O que queremos é que o governo permita a inclusão de mais brasileiros no auxílio. São pessoas que não conseguiram se inscrever naquele prazo [do ano passado] mas que, com o agravamento da crise, perderam o emprego ou um ente da família que era responsável pelo sustento da casa”, diz.
Valor do novo auxílio é considerado insuficiente
A diretora também critica o valor do novo benefício, questionando que será menor do que a quantia liberada no ano passado. Em 2021, os valores do auxílio serão de R$ 150 (para famílias com uma só pessoa), R$ 375 (para as mulheres que são as únicas provedoras da família) e R$ 250 (para famílias com dois ou mais membros).
“O valor não é nem 30% do que custa uma cesta básica hoje no Brasil. [O auxílio] não é uma forma de complementar a renda [dessas pessoas], e sim uma maneira de garantir direitos para que, enquanto a vacina não chega, essas famílias possam manter o distanciamento social e se proteger” diz a diretora.
Sobre as recentes críticas, o Ministério da Cidadania afirmou em nota que “tem trabalhado sistematicamente para enfrentar a situação provocada pela pandemia do novo coronavírus, agravada pelas crises políticas e humanitárias em países vizinhos”. O órgão declarou que está trabalhando nos últimos ajustes da Medida Provisória que vai determinar os novos termos do auxílio emergencial.
“É importante destacar que o trabalho de cadastramento realizado no ano passado, que identificou os trabalhadores informais ‘invisíveis’, o cruzamento contínuo de dados realizado pelo Governo Federal e as ações de controle e fiscalização para evitar recebimentos indevidos permitem que o novo benefício seja direcionado à parcela mais vulnerável da população”, completa o texto divulgado pelo ministério.
Pagamentos do novo auxílio só devem começar em abril
A volta do auxílio emergencial foi autorizada com a promulgação da PEC Emergencial, que já está em vigência. A proposta foi anunciada na última segunda-feira (15) no Congresso Nacional, pelo senador Rodrigo Pacheco.
No entanto, para que o benefício realmente comece a valer, é necessário que o presidente da república, Jair Bolsonaro, edite uma Medida Provisória que detalhe todos os critérios do novo ciclo de pagamentos. A expectativa é que a primeira parcela se inicie na primeira semana de abril.
A Caixa Econômica Federal começou no último domingo (14), a atualização dos dados cadastrais dos usuários do aplicativo Caixa Tem. Os repasses continuarão a ser através desta plataforma.
Quero saber novo caixa tem
O meu está dando cep incorreto, eu não consigo passar por outro fase
Vamos falar do auxílio bem também que as empresas de ônibus não vai guenta segurar tatos funcionários tem que aver o retorno do seguro bem dos trabalhadores já não só ficar em casa vamos lá governador vamos falar sobre isso também e emergência.
Como faço pra mim cadastra pra ganhar o auxílio?