Auxílio Emergencial impediu piora da extrema-pobreza em 2020, diz estudo

De acordo com novo estudo, pagamento do Auxílio Emergencial impediu piora da extrema-pobreza no ano passado

O pagamento do Auxílio Emergencial no ano de 2020 impediu que mais pessoas entrassem em situação de extrema-pobreza. Quem está dizendo isso são os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) que passaram por uma divulgação nesta última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

De acordo com os dados da pesquisa, o pagamento do Auxílio Emergencial no ano passado impediu que a situação do país piorasse. De qualquer forma, o que se viu em 2020 foi um país ainda assolado pela fome. O mesmo levantamento afirma que um a cada quatro brasileiros viveu abaixo da linha da pobreza no ano passado.

Nós estamos falando portanto de cerca de 51 milhões de pessoas que estavam nesta situação. Isso considerando mesmo um momento de pagamento do Auxílio Emergencial. Isso implica dizer portanto que embora tenha melhorado a situação, o programa social passou longe de ser considerado suficiente para atender todas as demandas desses indivíduos.

Já a situação de extrema-pobreza foi a realidade de cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil em 2020. Isso significa apontar um percentual de 5,7% do país. É, aliás, uma queda em relação ao que se viu no ano de 2019. Uma prova de que os pagamentos do Auxílio Emergencial acabaram funcionando muito para esses indivíduos.

E mais: a mesma pesquisa também indica que com os pagamentos do Auxílio Emergencial, os 21 milhões de brasileiros mais pobres viveram em 2020 com cerca de R$ 128 mensais por pessoa da família. Para se ter uma noção do tamanho do feito, esse é o maior número desde o início das pesquisas do IBGE sobre o tema, ainda em 2012.

Auxílio Emergencial

O Governo Federal criou o Auxílio Emergencial ainda no ano de 2020. Naquela ocasião, o objetivo era ajudar as pessoas que estavam em condição de informalidade e que não estavam conseguindo emprego durante a pandemia.

Além deles, o Governo também inseriu parte do público que estava recebendo o Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 70 milhões de brasileiros receberam pelo menos uma parcela deste benefício em 2020.

Versão em 2021

A versão do mesmo programa agora em 2021 é um pouco diferente. Vale lembrar que o Palácio do Planalto cortou os pagamentos do Auxílio Emergencial ainda no início deste ano e decidiu retomar eles em abril.

Desta vez o programa atendeu menos gente. Foram 39 milhões de usuários únicos, de acordo com o Ministério da Cidadania. Dessa forma, o valor pago também caiu de R$ 600 para parcelas que variaram entre R$ 150 e R$ 375.

Batalha de narrativas

Neste momento, aliás, membros do Governo Federal e da oposição estão em uma espécie de batalha de narrativas para saber quem vai levar a paternidade desse programa para o palanque das eleições do próximo ano.

De um lado o Governo Federal afirma que Bolsonaro é o pai deste projeto. Do outro, membros da oposição dizem que o Presidente só aumentou o valor dos pagamentos porque o Congresso Nacional teria feito pressão para isso. A discussão sobre o tema promete ir longe.

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