Auxílio Brasil: fila de espera em abril tinha 2,8 milhões de famílias

Após chegar a zero, a fila de espera do Auxílio Brasil volta a crescer, informa o Ministério da Cidadania. Estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que 2.788.362 famílias que atendem aos requisitos para receber o benefício, contudo não tiveram acesso a ele em abril deste ano.

Para receber o Auxílio Brasil, as famílias precisam atender às condições do programa e estar inscritas no Cadastro Único. Não é preciso se inscrever para o benefício: o governo avalia dentro do CadÚnico os elegíveis. A demanda reprimida, assim, é considerado o número de inscritos no Cadastro que se enquadram para o recebimento.

A chamada demanda reprimida teve um salto de 113% em relação a março, quando o número de famílias na fila do benefício era de 1.307.930. Ou seja, o número de 1.480.432 de famílias que se somaram à ela em abril é maior que o total de março.

Dados do Cecad

Para realizar a pesquisa foram utilizados dados do Cecad, ferramenta que possibilita a consulta, a seleção e a extração de informações do Cadastro Único (CadÚnico). Ela permite conhecer as características socioeconômicas das famílias e das pessoas incluídas no cadastro, além do Relatório de Informações Sociais (Sagi).

O estudo usou os dados de quantidade de famílias e indivíduos inscritos no Cadastro Único que possuem perfil para o benefício social e dos beneficiários efetivos dos dois programas. Desse cruzamento chegou-se à demanda reprimida, ou seja, famílias que deveriam estar recebendo o benefício por estarem dentro do perfil dos programas, mas não foram incluídas.

Detalhes do estudo sobre o Auxílio Brasil

Ao analisar o estudo, é possível perceber que o número de famílias que poderiam estar recebendo o Auxílio Brasil é próximo ao patamar de cerca de 3 milhões, sendo que estes estavam na fila em dezembro do ano passado e foram incluídas no programa. A partir disso, a fila foi zerada em janeiro deste ano, logo após o governo transformar o Bolsa Família em Auxílio Brasil.

Já durante o mês de julho de 2021, havia uma demanda por acesso ao programa, na época o Bolsa Família, de 2,41 milhões de famílias. Enquanto em novembro de 2021 o número saltou para mais de 3,18 milhões, valor que resulta em um aumento de 32% em 4 meses.

Enquanto, por outro lado, em janeiro, o número de famílias à espera do benefício teve uma queda considerável. Essa queda foi de 86,4%, para 434,2 mil, com a inclusão das 3 milhões de famílias no programa. No mês de fevereiro, ocorreu um salto de 142% no número de famílias sem acesso ao benefício, passando para mais de 1 milhão. Já em março, o aumento foi de 25%, para 1,3 milhão de famílias na fila.

O estudo mostra que, em julho de 2021, haviam mais de 25 milhões de famílias cadastradas no CadÚnico, e aproximadamente 19,1 milhões atendiam aos requisitos para receber o Auxílio Brasil.

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