Entenda o que é um artigo de opinião

É um texto onde a opinião do autor é expressa

O artigo de opinião é um texto onde o autor expõe seu posicionamento sobre um determinado tema de interesse público. É um texto dissertativo que traz argumentos sobre o assunto abordado. O escritor, além de mostrar o seu ponto de vista, deve sustentá-lo com argumentos coerentes.

As ideias defendidas em um artigo de opinião são de responsabilidade do autor, e por isso, o mesmo deve ter cuidado com a autenticidade dos elementos apresentados, além de assinar o texto no final. Os artigos de opinião são encontrados em jornais, revistas, TVs, rádios.

 

Artigo de opinião estrutura

Grande parte dos artigos de opinião segue uma estrutura básica que é dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão.

Introdução – A introdução vem logo no primeiro parágrafo do texto, é onde o autor faz a apresentação do tema que será visto no corpo do texto.

Desenvolvimento – No desenvolvimento é onde o autor expõe suas ideias para tentar convencer o leitor a concordar com os argumentos que estão sendo apresentados.

Conclusão – Na conclusão deve ser apresentada uma ideia para solucionar o problema que foi proposto.

 

Principais características de um artigo de opinião

Os artigos de opinião têm como principais características:

  • O uso da argumentação e persuasão;
  • Os textos escritos na primeira e terceira pessoa;
  • Normalmente os textos são assinados pelo autor;
  • São textos veiculados nos meios de comunicação: rádio, TV, revista;
  • Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva;
  • A maioria dos seus temas é da atualidade;
  • Possuem títulos polêmicos e provocativos;
  • O verbo aparece no presente e no imperativo.

Como escrever um bom artigo de opinião?

Antes de começar a escrever um artigo de opinião, é recomendável que o autor leia vários pontos de vista sobre o assunto que será escrito e anote os argumentos que embasem sua opinião. Esses argumentos poderão ser úteis no desenvolvimento do seu ponto de vista. Saber para quem se escreve é um fator importante para a composição de um bom texto, assim você poderá utilizar a linguagem adequada ao gênero e perfil do leitor. Após anotar os principais argumentos escolha alguns para fundamentar sua ideia principal e desenvolvê-la.

O enunciado do artigo de opinião deve expressar a opinião e a ideia principal que será defendida no texto. O título deve ser convidativo para que o leitor continue a leitura. Na finalização do texto de opinião retome o que foi exposto e confirme a ideia principal, se possível trazendo a citação de algum escritor ou alguma pessoa importante da área que esteja relacionada ao assunto abordado.

Ao terminar seu artigo de opinião releia atentamente, prestando atenção em seu posicionamento: se ele foi desenvolvido de forma clara e se está bem embasado. Verifique se a linguagem está adequada ao gênero, se o texto tem um título convidativo e se você argumentou o suficiente.

 

Como argumentar?

Para ter bons argumentos em um artigo de opinião, o autor pode fazer relações entre causa e consequência; comparação entre épocas e lugares; retorno por meio da narração de um fato; se antecipar a uma possível crítica do leitor, de forma que já apresente os contra-argumentos; produção de afirmações de efeito e estabelecimento de diálogo com o leitor.

 

Veja um trecho de artigo de opinião sobre violência escrito por Macaé Evaristo

“A escola pública é uma política de promoção da cidadania de caráter universal, inclusivo. Isso implica uma educação provedora, acolhedora e, sobretudo, transformadora para que o exercício pleno dos deveres e direitos seja de fato uma conquista de todos.

Segundo a edição de 2016 do Mapa de Violência, jovens, no intervalo de 15 a 29 anos de idade, representaram quase 60% das vítimas de homicídios por arma de fogo no Brasil no período de 2003 a 2014, embora essa faixa etária representasse não mais do que 27% da população total. Também de acordo com o Mapa da Violência, a incidência de homicídios entre pretos e pardos é quase o triplo da verificada na população branca.

Os jovens negros também são os principais alvos da atividade policial e do encarceramento no Brasil. Estudo do governo federal e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com base em dados de 2012, revelou que 55% dos presos no país tinham menos de 29 anos de idade e que se encarcerava 1,5 vezes mais negros do que brancos…”

 

Veja um trecho de artigo de opinião sobre religião escrito por Renato Gomez

“… A resposta pra essa pergunta é simples: a indefinição do limite entre fé e alienação. Quando as pessoas deixam de ter fé, pra acreditar cegamente nas pessoas que representam sua religião, elas passam a deixar que a religião domine suas vidas indiscriminadamente. Todo indivíduo necessita de algo para acreditar, de um norte em sua vida. O problema é quando o indivíduo acredita que a sua verdade é a verdade absoluta. Isso gera pessoas que se desfazem de todos os seus bens materiais em nome da igreja, religiões que enriquecem à custa da fé das pessoas, pessoas e religiões que justificam atitudes discriminatórias através de sua crença, pessoas que acreditam que Deus dá ou tira bens materiais, e entre várias outras situações, o charlatanismo de um modo geral.

Deus tem coisas mais importantes pra se preocupar do que os bens materiais de cada um, ou do que admirar a estética e grandiosidade arquitetônica de templos e igrejas. Lideres religiosos também tem coisas mais importantes a fazer do que se preocupar com discussões através da religião, ou com o enriquecimento material usurpado através do empobrecimento espiritual das pessoas. A representatividade de um líder religioso é formadora de opinião, é deve ser utilizada com responsabilidade para não fundamentar atos de discriminação. Ao invés de discutir através da religião, que tal discutir religião?

Religião se discute sim, provamos com os cultos e atividades ecumênicas, que podemos achar um objetivo em comum entre as religiões, seja de cunho espiritual, seja de cunho social. O importante é respeitar a crença de cada um, definindo bem os limites entre fé e alienação…”

 

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