Ataques cibernéticos são os principais fatores de risco para empresas

De acordo com um levantamento realizado pela Allianz com 2.650 especialistas por todo o mundo, os ataques cibernéticos lideram a lista dos maiores riscos para as empresas em 2022. Os riscos envolvendo ataques online superam até mesmo os riscos ligados à pandemia. Os dados foram divulgados na última terça-feira (18).

Entre os entrevistados para o levantamento, 44% apontaram os ataques cibernéticos como maior risco às empresas. Ao falar especificamente das empresas brasileiras, os riscos cibernéticos foram considerados a maior ameaça para os negócios pelo segundo ano consecutivo, seguido das catástrofes naturais (30%) e da interrupção de negócios (29%).

De acordo com  a Allianz, os ataques cibernéticos são a principal ameaça por conta do aumento dos ataques de ransomware direcionados a empresas. Além disso, vazamento de dados e interrupções de TI são preocupações no segmento.

Principais riscos para empresas

Além de ataques cibernéticos e riscos ligados à pandemia, os entrevistados destacaram possíveis riscos envolvendo mudanças climáticas (17%), que passou da nona para a sexta posição. “Os últimos anos mostraram que a frequência e a gravidade dos eventos climáticos estão aumentando devido ao aquecimento global. Em 2021, as perdas globais por catástrofes seguradas foram bem superiores a US$ 100 bilhões – o quarto ano mais alto já registrado”, afirmou a Allianz.

A seguradora também informou que os entrevistados pontuaram mudanças na legislação e regulações (19%) como um possível risco para as empresas, bem como riscos com incêndio e explosões (17%). Por fim, a Allianz destacou alguns outros riscos citados por especialistas, como acontecimentos no mercado (15%), falta de mão de obra qualificada (13%) e acontecimentos macroeconômicos (11%).

Ataques cibernéticos envolvendo o PIX

Dados disponibilizados pela Kaspersky apontam que os ataques cibernéticos têm aumentado a cada dia. Atualmente, um dos golpes mais utilizados por criminosos online tem sido feito por meio do sistema QR Code do PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.

“Temos que ficar alerta com o golpe do QR-Code. Isso é uma nova forma de pagamento que o PIX nos trouxe e que já está presente nas nossas contas, de água, de telefonia, telefone celular, de energia elétrica”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança digital da Kaspersky.

Assolini ainda alerta os usuários do sistema de pagamentos para estes prestem atenção nos dados da empresa na hora de efetuar um pagamento.  “Na hora de pegar o seu celular e escanear aquele QR-Code, ele vai informar qual conta será creditada. Essa conta deverá estar no nome da empresa de telefonia, de água ou de energia elétrica”, disse.

Por conta de ataques cibernéticos, fraudes e golpes envolvendo o PIX, o Banco Central do Brasil tem trabalhado com o intuito de manter o sistema de pagamentos mais seguro. Desse modo, foram limitadas transferências no período noturno.

Além de estipular um limite de transações no período noturno, o Banco Central divulgou um novo regulamento para o PIX, com o objetivo de diminuir ataques cibernéticos. De acordo com as novas regras, estão previstas suspensões e até exclusões de usuários em casos de irregularidades, bem como multas que podem variar de R$ 50 mil a R$ 1 milhão.

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