Apenas 3,5% dos brasileros preferem o PIX como método de pagamento

O PIX é um meio eletrônico de transferências bancárias e pagamentos instantâneos que foi criado pelo Banco Central do Brasil. Transações bancárias podem ser feitas pelo celular a qualquer hora e dia, a partir de conta-corrente, poupança ou carteiras digitais. O método já foi utilizado por 49% da população brasileira como uma opção para pagar de tudo: compras, serviços e contas.

O PIX funciona 24 horas por dia, 7 dias da semana, em todos os dias do ano. Além disso, as transações são realizadas em segundos e podem ser feitas entre pessoas, entre pessoas e estabelecimentos comerciais, entre empresas e para entes governamentais, no caso de impostos e taxas.

Porém, apesar das vantagens, uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) com apoio da Brinks Company, empresa norte-americana de segurança, mostra que a ferramenta é preferência de apenas 3,5% dos brasileiros na hora de efetuar uma transação.

O levantamento feito pela FDC foi baseado em uma entrevista realizada com 2 mil pessoas de todas as cinco regiões do Brasil e o resultado é surpreendente: 53,4% ainda preferem dinheiro vivo como principal forma de pagamento, mesmo com o surgimento das carteiras digitais e as diversas vantagens que o PIX oferece.

Principais motivos

Um dos principais motivos que fazem a cédulas ainda serem o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, são as disparidades econômicas regionais do Brasil, onde “grande parte da população ainda sofre as consequências da falta de infraestrutura que acompanha a digitalização”, segundo o coordenador da pesquisa e professor da Fundação Dom Cabral, Fabian Salum.

Um dos dados que comprovam essa desigualdade é a quantidade de brasileiros que ainda não possuem uma conta bancária. Cerca de 38% dos entrevistados pela FDC não são correntistas de nenhum banco. Essa parcela é maior entre mulheres, com 43,4% não possuindo uma conta, enquanto aproximadamente 33% dos homens não são correntistas de nenhuma instituição bancária.

Outro fator que interfere na utilização do PIX, é a desconfiança ou falta de informação proveniente da parte mais velha da população, já que, de acordo com as estatísticas divulgadas pelo BC,  entre 6 em cada 10 transferências são realizadas por pessoas de 20 a 39 anos.

Apesar de não ser o preferido, o PIX está sendo utilizado cada vez mais

No Brasil, o PIX foi oficialmente lançado em 16 de novembro de 2020, sendo assim, já em novembro, foi realizada uma pesquisa entre todos os bancos que aderiram à ferramenta, e se obteve que as transações realizadas por PIX somaram 59,2 milhões na época.

No entanto, de acordo com a Febraban, em março deste ano o número aumentou consideravelmente. Nesse contexto, foram 338,2 milhões de transações realizadas, o que equivale a um crescimento de 471%.

Levando em conta o mesmo período, transferências bancárias tradicionais caíram de 229,4 milhões para 218,5 milhões. Deste modo, os dados apresentados, demonstram uma significativa superação do PIX, em relação ao TED  ou DOC.

Uma semana antes de completar 1 ano de funcionamento, o PIX  bateu recorde de transações na última sexta-feira (5). No dia, foram registradas 50 milhões de transferências em todo Brasil que usaram essa opção de pagamento.

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