Acento Circunflexo: principais regras, usos e exemplos

Em provas de redação de concursos públicos, vestibulares e até mesmo na prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a acentuação das palavras é um dos pontos sempre avaliados pelas bancas. O uso adequado dos sinais gráficos diz respeito à adequação ortográfica, ou seja, implica na escrita das palavras da Língua Portuguesa de forma adequada. Os acentos funcionam como um tipo de notação léxica para a correta pronúncia dos vocábulos.

Por isso, cometer erros de acentuação em provas de redação ou outros tipos de provas discursivas pode acarretar em um desempenho ruim. Pensando nisso, apresentamos abaixo alguns contextos de uso do acento circunflexo, já que é um dos acentos com maior incidência de erros em concursos e vestibulares.

O acento circunflexo [^] é o sinal gráfico utilizado nas vogais “a“, “e” e “o” com o objetivo de indicar a sílaba tônica, na qual a vogal deve ser pronunciada de forma fechada. Nesse sentido, o acento é geralmente usado nas vogais fechadas â, ê e ô e nas vogais nasais que aparecem nos dígrafos âm, ân, êm, ên, ôm e ôn. Como exemplo, temos as seguintes palavras: português, ambulância, paciência, emergência, essência, nômade e ônibus. Vale ressaltar que, no português as vogais “i” e “u” nunca recebem esse acento.

Alguns usos do acento circunflexo

Além de indicar a sílaba tônica e a pronúncia correta das palavras, o uso do acento circunflexo também pode ter finalidade distintiva. Desse modo, em palavras que possuem a mesma pronúncia, o acento as diferencia na escrita. Como exemplo disso, podemos citar as formas flexionadas do verbo tertem e têm. Muitos estudantes cometem o erro de esquecer o acento circunflexo indicando o plural.

A pronúncia da forma flexionada do verbo ter na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo é a mesma que a da 3ª pessoa do plural. No entanto, na escrita, é preciso distinguir essa flexão e essa distinção é feita através da acentuação, indicando a concordância verbal. Quanto o verbo o verbo é flexionado no plural, usamos o acento circunflexo. Veja os exemplos abaixo:

  • Matheus e Pedro têm muitos brinquedos. (3ª pessoa do plural)
  • Os brasileiros têm acesso a diversos benefícios sociais, apesar das fraudes que acontecem. (3ª pessoa do plural)
  • Bianca não tem amigos e, por isso, brinca com os adultos. (3ª pessoa do singular)
  • Esse bolo tem pouco ou nenhum sabor, é apenas enfeite. (3ª pessoa do singular)

Desse modo, lembramos que o acento circunflexo que indica esse tipo de distinção foi mantido no Novo Acordo Ortográfico. No entanto, o último acordo assinado entre os países de Língua Portuguesa determina a extinção do uso do acento circunflexo nos verbos conjugados na 3ª pessoa do plural terminados em -eem. Como, por exemplo, nas formas verbais: veem, creem e leem.

O uso do circunflexo nos “porques”

O uso dos “porques” consiste em outro contexto que acaba confundindo os concurseiros e vestibulandos quanto ao uso do acento circunflexo. Para evitar esse erro, o estudante precisa ter em mente que, em relação aos “porques”, o acento só está presente em dois dos quatro contextos.

O uso do circunflexo está presente contextos interrogativos, quando o termo está no final da frase para indicar uma pergunta. Exemplo: A academia não abriu neste sábado por quê? Nesse caso, a termo aparece separado e com acento.

O outro contexto de uso do acento nesses casos é quando o termo é substantivado, ou seja, é precedido de artigo, pronome, adjetivo ou numeral. Exemplo: Pedro pediu demissão na semana passada. O porquê eu não sei. Nesse caso, o porquê é junto e o uso do acento circunflexo é obrigatório.

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