Vacina Covid-19: deputada defende vacinação também para família do funcionário

A deputada Celina Leão (PP – DF), relatora do Projeto de Lei 948/2021, que permite a compra de vacinas contra Covid-19 por empresas sem a necessidade de repasse ao Sistema Único de Saúde (SUS), defendeu que para isso aconteça uma medida deve ser tomada.

De acordo com ela, a iniciativa privada devem vacinar não só os funcionários como também os seus familiares de primeiro grau.

A informação foi dada em entrevista ao portal Metrópoles, nesta quinta-feira (01). “Nós fizemos uma ação na Câmara de aprovar a compra da vacina no privado. Mas o privado só poderia comprar depois que o grupo prioritário fosse imunizado, e isso está demorando, o que traz uma frustração muito grande”, disse Celina.

“Colocamos mais um inciso: ou o empresário vacina o trabalhador e doa 50% ao SUS, ou vai vacinar o trabalhador e sua família, e não teria que doar 50%. Tem empresários que gostariam de vacinar não só o seu funcionário, mas sua família, de forma controlada pelo Ministério da Saúde”,  completou.

O texto apresentado pela parlamentar vai contra a atual lei que prevê que todas as vacinas compradas pela iniciativa privada sejam doadas ao SUS até que todos os grupos prioritários do  Plano Nacional de Imunização, do Ministério Saúde, sejam imunizados.

“Esses laboratórios [que já vendem vacinas ao Brasil] têm contrato de exclusividade com o governo federal e só podem fazer a venda para a iniciativa privada quando o grupo prioritário estiver imunizado. A gente não interfere nas compras que já foram feitas. A gente espera que o privado vá buscar isso com uma rapidez que o governo federal não consiga fazer. A informação que recebemos é que os quatro laboratórios que entregam no país afirmaram que não vão vender para a iniciativa privada. Isso nos deu tranquilidade para manter o projeto, para não ter concorrência entre o privado e o público.”

Projeto modificado

A parlamentar afirmou que o projeto foi modificado e tem apoio da maioria dos parlamentares. “Vamos levar ao Colégio de Líderes esse tema na semana que vem. E se não tivermos acordo, a intenção do [Arthur] Lira é levar ao plenário. Acredito que isso deve acontecer semana que vem. Temos que tirar o Brasil da polarização em cima do vírus. A minha vontade é que esse projeto fosse aprovado por unanimidade, sei que é difícil, mas a minha percepção é que a maioria é favorável”, afirmou.

Um dos pontos modificados, de acordo com Celina, é que o dinheiro investido para compra de vacinas sirva como restituição no imposto de renda.

“É o camarote com dedução de imposto de renda”, teria criticado Alexandre Padilha (PT-SP), que já esteve no comando do Ministério da Saúde.

Celina ainda defendeu que o projeto tem intuito de somar e não de competir iniciar uma competição para contra da vacina contra a Covid-19 entre o SUS e a iniciativa privada.

“Estamos falando de uma doença contagiosa. Quando se aumenta o número de pessoas imunizadas, diminui o risco de contágio. Não é justo o trabalhador, que sai todos os dias, que não pode se dar ao luxo de fazer o lockdown, não ter a vacina se o empregador quer pagar por isso”, explicou.

“A economia está parada com o lockdown e o desemprego. Fica muito mais barato comprar a vacina, distribuir, manter a economia e salvar milhares de vida do que esperar uma fila que ninguém sabe qual é o cronograma”, completou.

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