Transmissão de Covid-19 é a maior desde julho (saiba mais)

Nova sub variante tem preocupado autoridades

O índice de pessoas infectadas pelo vírus da Covid-19 teve mais uma alta este mês, a maior desde julho de 2022. Todavia, com o crescente número de casos da doença, estima-se que haja uma nova onda do vírus em todo o mundo. O crescimento da taxa de transmissão tem preocupado as autoridades do país.

Segundo informações da Info Tracker, plataforma que monitora o avanço da pandemia, a taxa de transmissão vem batendo a casa de 1,18, o que significa que cerca de 100 pessoas podem transmitir o vírus para outras 118. No mês de julho o índice estava em 1,19 e vinha sofrendo quedas sucessivas, desde então.

A Info Tracker também realizou algumas projeções sobre a transmissão do vírus para as próximas semanas. De acordo com a plataforma, a taxa prevista para o dia 15 de novembro, feriado de Proclamação da República, é de 1,35 pontos. O ideal é que o índice fique na faixa de 1 ponto ou menos.

Quando o índice fica acima de 1 ponto, significa que há um aumento de casos relacionados à Covid-19. Dessa maneira, cada pessoa infectada com o  vírus está propagando-o para mais de um outro indivíduo. Portanto, a alta na taxa de transmissão significa um avanço maior da doença entre a população.

Desenvolvimento da doença

Uma das causas para o aumento da taxa de transmissão entre as pessoas está relacionada ao surgimento de mais uma sub variante do vírus da Covid-19. Ela está sendo chamada de BQ.1. É uma partição da variante Ômicron, responsável por uma onda da doença no Brasil no final de 2021 e início de 2022.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que está acompanhando a nova sub variante, ela já está circulando por cerca de 70 países em todo o mundo. Cerca de cinco estados da federação brasileira já apresentaram casos relacionados à BQ.1. Houve uma alta de 4% entre 31 de outubro a 7 de novembro.

Os estudos e pesquisas relacionados à nova sub variante ainda não trouxeram respostas acerca do nível de transmissão e nem se ele é mais letal que as outras variantes registradas. Há uma procura por respostas ligadas a BQ.1, principalmente relacionadas às vacinas existentes e sua capacidade de proteger as pessoas.

Vacinas disponíveis

O Ministério da Saúde começou a distribuir novas vacinas contra o vírus da Covid-19 na última quinta-feira (10/11) para crianças de seis meses a três anos de idade. Elas deverão receber os imunizantes da fabricante americana Pfizer. A Anvisa já aprovou o uso da vacina para estas pessoas em setembro.

Entretanto, ainda não foram feito os testes da vacina em crianças. Cerca de um milhão de imunizantes aprovados pela Anvisa foram recebidos pelo Ministério da Saúde no dia 27 de outubro de 2022. De acordo com a pasta, a prioridade da vacinação será de crianças que apresentem um caso grave de comorbidade.

Estudos sobre a Covid-19

De acordo com um estudo feito pela Escola de Medicina da Universidade de Washington a reinfecção por Covid-19 é mais arriscada do que a primeira infecção pelo vírus. Há um aumento no risco de morte, hospitalização e problemas graves relacionados à doença, mesmo se a pessoa tiver sido vacinada.

O Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos coletaram os dados relativos à reinfecção do vírus  entre o dia primeiro de março de 2020 a seis de abril de 2022. Mais de 440 mil pacientes com Covid-19 foram estudados na pesquisa, a maioria do sexo masculino.

Os pacientes coinfectados apresentaram um quadro no qual tiveram o dobro de chance de morte, e um triplo risco de hospitalização na comparação com pacientes infectados pela primeira vez. Eles também tiveram problemas relacionados aos pulmões, coração, sangue, rins, diabetes, saúde mental, ossos, músculos, etc.

Segundo o estudo, os pacientes que foram infectados pelo vírus da Covid-19 tendo sido vacinados e apresentando uma imunidade dupla, ainda estão suscetíveis a apresentar resultados adversos no caso de serem reinfectados. Em conclusão, os riscos mais altos se deram na primeira semana da doença, porém, estavam sujeitos a problemas mesmo depois de seis meses. 

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