Trabalhadores do país recebem GRANDE VITÓRIA e festejam
Os números do mercado de trabalho estão cada vez mais positivos no Brasil em 2023. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação ficou em 7,9% no trimestre móvel encerrado em julho deste ano.
Essa é a menor taxa para o período desde 2014, o que evidencia os grandes resultados conquistados no primeiro semestre do governo Lula. Aliás, o primeiro trimestre deste ano não teve bons resultados, registrando crescimento do desemprego no país, mas a situação mudou nos meses seguintes.
Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy, “esse recuo no trimestre encerrado em julho ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”.
Desemprego recua no trimestre e no ano
A taxa de desocupação caiu 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em abril (8,5%). Já na comparação com o trimestre móvel encerrado em julho de 2022 (9,1%), a taxa teve uma queda ainda maior, de 1,2 p.p. Estes resultados refletem a melhora do mercado de trabalho brasileiro.
Vale destacar que a população desocupada totalizou 8,5 milhões de pessoas no trimestre móvel de maio a julho deste ano. Isso representa uma queda de 6,3% em relação ao trimestre móvel anterior (menos 573 mil pessoas) e uma redução de 13,8% em um ano (menos 1,36 milhão de pessoas desocupadas).
As fortes quedas estão reduzindo a quantidade de pessoas sem um trabalho no país. No entanto, os números continuam bastante elevados, ainda mais para uma grande economia como o Brasil. Por isso que o governo espera dados ainda mais fortes ao longo do ano.
População ocupada cresce no país
A PNAD Contínua revelou outros dados referentes aos primeiros meses do governo Lula. A saber, a população ocupada somou 99,3 milhões entre maio e julho, número 1,3% maior que o do trimestre móvel anterior (mais 1,3 milhão de pessoas).
“Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades“, avaliou Adriana Beringuy.
“À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso“, acrescentou.
Na comparação com o segundo trimestre de 2022, houve um crescimento de 0,7% da população ocupada (mais 669 mil pessoas). Em resumo, o crescimento mais intenso na base trimestral também refletiu os números mais fracos nos primeiros três meses do governo Lula.
A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 56,8%, alta de 0,6 p.p. na comparação com o trimestre móvel anterior. Já na base anual, o indicador se manteve estável. A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
População desalentada recua no Brasil
O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,7 milhões no período. Esse número ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior, mas teve uma forte queda de 13,4% em um ano (menos 568 mil pessoas).
O IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:
- Não conseguia trabalho;
- Não tinha experiência profissional;
- Era muito jovem ou muito idoso;
- Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
- Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.
Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.
Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,3% entre abril e junho de 2023. Na comparação trimestral, o nível ficou estável, mas, na base anual, houve uma queda de 0,5 p.p.
Entenda a PNAD Contínua
De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.
Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.