Taxar mais ricos por nova rodada do Auxílio Emergencial?

Se os mais ricos do país devem pagar novas taxas para servir como custeio do auxílio emergencial? É o que diz algum aliados do governo Jair Bolsonaro, a blogs de política, como o da Andréia Sadi. Eles defendem “uma proposta que cobre mais de ricos, uma espécie de taxa”.

De acordo com o blog, a queda da popularidade do presidente Bolsonaro, somada a pressão pela vacinação em massa, tem colocado o auxílio emergencial como discussão nos bastidores.

A votação no Congresso deve acontecer na próxima segunda-feira (1º). As votações devem abrir margem para uma série de encaminhamentos. Na Câmara, candidatos como Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia, e Arthur Lira (PP-AL), apoiado por Bolsonaro, lideram a corrida pela presidência da Casa.

Ambos são a favor da retomada do auxílio emergencial. Rossi foi o primeiro a dar apoio a medida, enquanto Lira se afirmava contrário. Lira, por outro lado, voltou atrás do que dizia neste mês e afirmou a possibilidade de uma ou duas parcelas. 

“Nós votaremos o orçamento [ de 2021] rapidamente em fevereiro, se possível, no entendimento entre Câmara e Senado e nós tivermos um orçamento… Enquanto nós não fizermos o ajuste orçamentário com a PEC [Proposta de Emenda Constitucional] emergencial, penso eu que o governo pode ter lastro para, dependendo do valor, fazer um mês ou dois de auxílio emergencial para diminuir a condição daquelas pessoas que estão abaixo da linha da pobreza na base da pirâmide”, revelou Lira.

Auxílio emergencial e novos gastos?

Uma preocupação de fontes ouvidas pelo blog está sobre qual seria a fonte de recursos para o auxílio emergencial. Uma possibilidade no ano passado foi o orçamento de guerra, que possibilitou gastos milionários com a pandemia.

Por outro lado, mesmo Guedes, que tem negado a necessidade de novas parcelas do auxílio emergencial, afirmou que seria necessário um corte de gastos para renovação da medida.

“Quer criar o auxilio emergencial de novo, tem de ter muito cuidado. Pensa bastante, pois, se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, pois a prioridade passou a ser absoluta, é uma guerra. Aqui é a mesma coisa, se apertar o botão ali, vai ter de travar o resto todo [do orçamento]. Então vamos observar a economia, a saúde, os dois andam juntos, e esperar pelo melhor”, argumentou

Já o presidente Jair Bolsonaro tem negado qualquer possibilidade de renovação do auxílio emergencial e usado como argumento o endividamento do governo. “A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”, disse Bolsonaro, na segunda-feira (25).

Outra possibilidade para conseguir recursos, de acordo com fonte do blog, seria um corte em gastos com servidores, por exemplo. A volta do auxílio emergencial seria uma estratégia política para melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

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