Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas têm sigilos bancários quebrados. Saiba o Motivo

Artistas estão sendo investigados por uma suposta participação em um esquema de fraude. Sigilos serão quebrados

Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas. Não, nós não estamos falando do elenco de algum filme, ou do roteiro de uma peça de teatro. Estes são nomes de artistas que estão sendo investigados por suposta tentativa de fraude. Eles estão na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está realizando esta investigação.

Nesta quarta-feira (23), esta Comissão aprovou a quebra do sigilo bancário dos dois atores e do apresentador. A decisão já consta oficialmente no site da Câmara dos Deputados. 

O motivo da investigação

Os dois atores e o apresentador são investigados pela atuação em propagandas da empresa Atlas Quantum, que está na mira de uma suposta fraude envolvendo criptomoedas. O dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos, também teve o sigilo quebrado.

A Atlas Quantum está sendo acusada de aplicar um golpe de nada menos do que R$ 7 bilhões em cerca de 200 mil investidores de todas as regiões do país. O que a CPI quer saber é qual o grau de relação dos artistas que participaram da publicidade da marca com o golpe em si.

Diversos vídeos envolvendo Tatá Werneck e Cauã Reymond ainda estão disponíveis nas páginas oficiais da empresa. Em um deles, por exemplo, este é o diálogo:

“Eu acho que as pessoas vão perceber que é um percurso natural, que elas precisam começar a ter maior controle sobre os seus gastos”, diz Tatá. “Eu fiquei interessada por ter o domínio sobre algo que eu luto tanto e sempre lutei tanto para conseguir.”

Votação do sigilo com bate boca

A sessão que definiu a quebra de sigilo bancário dos três artistas registrou um clima acirrado entre os parlamentares. O presidente da CPI, o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) chegou a discutir com o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) sobre o assunto.

“É uma tentativa de intimidação que eu não vou aceitar. Quem conhece a minha história, deputado Glauber, e conhece a sua, deputado Áureo, sabe muito bem quem tem a prática de blindagem e de utilização do espaço parlamentar para ganhos que não sejam políticos. Não me venha com esse tipo de acusação”, afirmou Glauber.

Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas têm sigilos bancários quebrados. Saiba o Motivo
Glauber Braga foi o único a votar contra quebra de sigilo. Imagem: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

Glauber, no entanto, acabou sendo voto vencido. Ele foi o único deputado a votar contra a quebra de sigilo dos atores e do apresentador. No final das contas, a maioria decidiu que é preciso realizar a quebra das três contas.

“Requer que esta CPI decrete a quebra do sigilo bancário da empresa Atlas Quantum, pertencente à Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, os senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, e a senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas”, disse o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), o autor do pedido de quebra do sigilo.

Convocação recusada

Não é de hoje que os três artistas estão na mira da CPI das criptomoedas no Congresso Nacional. No caso de Tatá e Cauã, ambos já tinham sido convocados para comparecer à comissão e prestar depoimento no dia 15 de agosto.

Contudo, eles conseguiram um habeas corpus do Ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento permitiu que eles não comparecessem

O que dizem os acusados sobre quebra do sigilo?

Em nota, os advogados de Tatá Werneck disseram:

“Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa. Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal?”, questiona a nota.

Os demais acusados ainda não se manifestaram.

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