Excelente notícia. A Petrobras acaba de anunciar uma redução no preço do gás natural vendido para as distribuidoras. A queda é de 8,1% em reais por metro cúbico, e começa a valer já a partir do próximo dia 1º de maio. A novidade foi comemorada nas redes sociais. Mas afinal, qual será o real impacto desta redução para o consumidor final?
Segundo analistas da consultoria ARM, a decisão da Petrobras de reduzir o preço do gás natural deverá ter impacto de até 5% para o cidadão comum. Entretanto, é preciso analisar os números com calma, porque existem vários tipos de gás que são usados por diferentes grupos sociais, e que terão quedas distintas a partir do próximo mês.
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a decisão atinge apenas as pessoas que usam o chamado gás encanado, mais comum em residências, comércios e indústrias. Também há uma projeção de queda para o indivíduo que usa o gás para abastecer veículos, o chamado GNV. Por outro lado, não há uma queda prevista para o botijão de gás.
O impacto da redução
Hoje, a composição do valor do gás para o consumidor final leva em conta a variação da molécula em si, a margem das empresas e também os tributos que incidem sobre o preço. Diante deste fato, a projeção da ARM é que:
- O GNV vai ter o maior impacto, com a queda ao consumidor final chegando em torno de 5,5% a 6%;
- Para a indústria, a previsão é de que a queda possa chegar a, no máximo, 4,5%;
- Já para os clientes residenciais, a expectativa é de um impacto menor, com a queda variando entre 0,5% e 1%.
As contas da ARM levam em consideração as variações de preço do estado do Rio de Janeiro. De todo modo, os números dão um indicativo do tamanho da queda para o consumidor final em todas as unidades da federação após o anúncio da Petrobras.
Governo cria grupo de trabalho
Nesta semana, o Ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB) também falou sobre o assunto. De acordo com o vice-presidente, o Governo Federal está criando um novo grupo de trabalho. Os integrantes deverão discutir justamente maneiras de diminuir ainda mais o preço do gás natural no país.
Segundo Alckmin, a ideia da criação do grupo teria partido do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Josué Gomes da Silva. A ideia é que a equipe seja formada por integrantes dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; de Minas e Energia; da Fazenda e também da Petrobras.
“O grupo de trabalho foi sugerido pelo Josué e vai incluir não só a Petrobras, mas outros setores da iniciativa privada que usam gás natural. Vai trazer bons frutos para a redução do preço do gás”, afirmou Alckmin.
“Vamos nos juntar em um grupo de trabalho para discutir a redução do preço do gás. Todos os mecanismos são importantes e, eventualmente, isso pode passar pela PPSA”, confirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Vale-Gás continua com os pagamentos em abril
Do ponto de vista da redução do botijão de gás, ainda não há um horizonte muito claro sobre os planos do Governo Federal. Seja como for, os pagamentos do Vale-Gás nacional seguem acontecendo normalmente, conforme o Número de Identificação Social (NIS).
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, pouco mais de 5,6 milhões de pessoas estão aptas ao recebimento do benefício neste mês de abril. Cada família está recebendo R$ 110 por meio da conta poupança social digital.
Veja abaixo o calendário atualizado do Vale-Gás:
- Usuários com NIS final 1: 14 de abril (sexta-feira);
- Usuários com NIS final 2: 17 de abril (segunda-feira);
- Usuários com NIS final 3: 18 de abril (terça-feira);
- Usuários com NIS final 4: 19 de abril (quarta-feira);
- Usuários com NIS final 5: 20 de abril (quinta-feira);
- Usuários com NIS final 6: 24 de abril (segunda-feira);
- Usuários com NIS final 7: 25 de abril (terça-feira);
- Usuários com NIS final 8: 26 de abril (quarta-feira);
- Usuários com NIS final 9: 27 de abril (quinta-feira);
- Usuários com NIS final 0: 28 de abril (sexta-feira).