Economia

SURPRESA HOJE (29/04) para os brasileiros que compram na SHEIN

Grande surpresa para os brasileiros. A gigante asiática de e-commerce Shein fechou parceria com duas grandes empresas de tecidos de Minas Gerais, a Coteminas e a Santanense.

A Springs Global, controladora das fabricantes brasileiras, divulgou o acordo em um comunicado oficial. Essa parceria é um passo importante para a Shein expandir sua atuação no Brasil e ter fornecedores locais.

O acordo entre a Shein e as companhias mineiras envolve o financiamento da varejista asiática para “reforço de capital de trabalho” das fabricantes brasileiras.

Além disso, estão previstos contratos para exportação de “produtos para o lar” e esforços para que 2 mil dos confeccionistas das empresas brasileiras passem a ser fornecedores da empresa, visando atender o mercado local e regional.

Produção da SHEIN

Segundo a Shein, o objetivo é fornecer tecnologia e treinamento a fabricantes brasileiros para que eles atualizem seus modelos de produção e adotem um formato sob demanda da companhia asiática.

Na prática, isso significa investir no Brasil e transformar o país em um polo sofisticado de produção têxtil e de exportação para a América Latina.

A empresa de e-commerce ainda afirmou que pretende nacionalizar cerca de 85% de suas vendas no Brasil até o final de 2026, incluindo fabricantes e vendedores regionais em sua cadeia de fornecedores.

Empresa e Governo

Além do investimento na indústria têxtil brasileira, a Shein também se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal e normalizar as relações com o Ministério da Fazenda. Essa ação visa garantir condições competitivas e igualitárias para varejistas nacionais e internacionais no país, sem prejudicar empregos e lojas do varejo brasileiro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que o plano de conformidade seguirá exemplos de países desenvolvidos e adotará o conceito de “digital tax”, um imposto digital. Com isso, o consumidor estará desonerado de qualquer tributo adicional ao comprar, pois a tributação será feita pela empresa e não repassada ao cliente.

Compras na SHEIN: Como ficam?

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que a isenção na taxa de importação de produtos de até US$ 50 (aproximadamente R$250) está de volta, o que surpreendeu os brasileiros. Segundo ele, a regra vale para transação entre pessoas físicas. Isso vai contra ao que ele havia proposto anteriormente.

Por ter tido uma repercussão desfavorável e até mesmo por ter diminuído a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a taxação que estava prevista para as compras internacionais de até US$ 50 não vai mais acontecer.

Haddad afirmou que a orientação de manter a isenção de US$ 50 para importações entre pessoas físicas foi do próprio presidente.

No mais, Fernando Haddad explicou a visão do presidente Lula, dizendo que ele ordenou para que o Ministério da Fazenda “não misture” as regras de isenção para importações de produtos de até US$ 50 entre pessoas físicas com uma maior fiscalização por parte da Receita Federal.

Desta maneira, esta fiscalização seria a solução para a desobediência da lei e contrabando de produtos estrangeiros ao Brasil, que ocorre por parte das empresas de comércio eletrônico. Segundo o ministro, Lula afirmou que uma alteração nas regras poderia “prejudicar pessoas de boa fé que recebem encomendas do exterior até este patamar”.